Serviço de Proteção ao Crédito registra aumento no número de regularizações
O programa habitacional do Governo de São Paulo, além de ser o maior já realizado em toda a história do País, também influência outros setores sobre os quais a maioria das pessoas não tem conhecimento. É o caso do Serviço de Proteção ao Crédito de Araçatuba e região. Sempre que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) comercializa empreendimentos na área há um aumento nas regularizações junto a este órgão.
Isso acontece porque, para ser habilitadas aos imóveis construídos e sorteados pela companhia, as famílias devem seguir alguns critérios, entre os quais ter renda familiar de um a dez salários mínimos, residir ou trabalhar no município há pelo menos três anos, não possuir imóvel e não ter o nome incluído na lista do SPC. É neste momento que muitas famílias, que tiveram problema no comércio, correm atrás da regularização
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Araçatuba (Sincovar), Gener Silva, que dirige o SPC, diz que essa exigência da CDHU, aliada a outros fatores econômicos, é extremamente positiva, pois possibilita ao comércio da cidade a recuperação de um dinheiro que não era mais esperado. Ele acrescenta que as pessoas fazem qualquer coisa para saldar seus débitos e conseguir o imóvel. “Não existe motivo maior do que ter a casa própria para liquidar suas dívidas”, afirma.
Nos três últimos meses de 1997, o SPC de Araçatuba registrou um aumento de mais de 65% nas recuperações de crédito em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Em 96 foram feitos 5.739 cancelamentos de inadimplência contra 9.506 em outubro, novembro e dezembro de 97. Este período coincide com a habilitação dos 500 sorteados para o Conjunto Habitacional Ivo Tozzi, entregue pela CDHU em dezembro daquele ano.
O procedimento deverá se repetir ainda neste ano, já que 1.174 unidades estão em execução atualmente na região, sendo 160 apartamentos na própria cidade de Araçatuba, representando investimentos no valor de mais de R$ 9 milhões. Para os próximos anos o ciclo deve continuar, pois a empresa tem mais de 3.700 unidades programadas para entrar em canteiro.
Outro fator importante decorrente do acerto de contas com o comércio é que, após regularizarem sua situação junto ao serviço de crédito, as pessoas podem voltar ao mercado consumidor, ampliando o alcance social dos empreendimentos da CDHU. E esses mutuários entram em suas residências tendo um menor comprometimento de renda, o que aliado a uma prestação significativamente menor que o aluguel que pagavam, possibilita a realização de melhorias em suas casas, como colocação de piso, azulejo e pintura.
