Governo de SP protege animais do risco de extinção

Ações visam recuperar e cuidar de espécies silvestres

ter, 04/10/2016 - 8h36 | Do Portal do Governo

O desafio de proteger a faúna e a flora paulistas dos reflexos inerentes do desenvolvimento econômico ou de ações ilegais predatórias faz parte da política ambiental do Governo do Estado.

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No caso específico de animais silvestres, a Dersa, empresa vinculada à Secretaria de Logística e Transportes, já resgatou 5,3 mil espécies entre 2013 e 2016. O trabalho é feito antes, durante e depois dos empreendimentos em rodovias e reflete a preocupação da empresa com a preservação do meio ambiente.

Só no Rodoanel Norte foram resgatados 2,3 mil animais silvestres entre março de 2013 e julho deste ano. Na Nova Tamoios Contornos mais de 2 mil no período de junho de 2014 a julho de 2016. Um trabalho feito por equipes multidisciplinares compostas por veterinários, biólogos, auxiliares de campo e pesquisadores. Os bichos recuperados são levados para áreas protegidas. E caso haja necessidade, eles são tratados em ambulatórios veterinários instalados nos canteiros de obras.

Outras ações também são desenvolvidas para combater as ameaças de extinção de espécies, como a proibição de captura dos animais, transporte, desembarque, armazenamento e comercialização dos mesmos.

A Polícia Militar Ambiental, por exemplo, mantém uma operação de fiscalização da pesca costeira denominado Sistema Integrado de Monitoramento Marinho (SIMMar). O objetivo é combater e prevenir a pesca predatória.

Proteção dos primatas
Para proteger os primatas que vivem no território paulista, a Secretaria do Meio Ambiente instituiu a Comissão Permanente de Proteção dos Primatas Nativos do Estado de São Paulo – Pró-Primatas Paulistas. A proposta é promover o conhecimento científico, conservação, recuperação das espécies em seu habitat natural por meio de ações diretas e de educação ambiental.

No mundo são conhecidas 497 espécies de primatas. Com a inclusão das subespécies reconhecidas esse número sobe para 696. No Brasil existem 123 espécies distribuídas em cinco famílias, que representam aproximadamente 25% dos indivíduos em nível mundial. No Estado de São Paulo existem 10 espécies, seis delas estão sob ameaça de extinção. Leia mais.

O Plano de Ação para Conservação dos Primatas Paulistas prevê a realização dos seguintes projetos: plano de atendimento a emergências; conservação do mico-leão-preto em paisagens fragmentadas; pesquisa e conservação de muriqui-do-sul em Barreiro Rico; estratégia para conservação no extremo oeste paulista, e ampliação da Estação Ecológica de Caetetus.

Símbolo da conservação da fauna paulista, o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), único primata que só existe no Estado de SP, foi declarado pelo Governo de São Paulo como Patrimônio Ambiental do Estado em junho de 2014.

Centro de Recuperação de Animais Silvestres
Mesmo sendo crime, ainda é comum a caça de animais silvestres. Somente no Estado de São Paulo, a Polícia Militar Ambiental apreende cerca de 50 mil animais por ano oriundos do comércio ilegal ou encontrado em casa sendo domesticados. Parte desses animais segue para o CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres), instalado dentro do Parque Ecológico Tietê (PET).

Por lá, passam, pelo menos, 12 mil animais por ano. A proposta do espaço é recuperar os animais que chegam, boa parte das vezes debilitados por conta de má alimentação e maus-tratos. “Esses animais muitas vezes estão em feiras ou feitos de animais de estimação irregularmente. Nosso principal objetivo é devolver a condição biológica desses animais, as condições de voo e de saúde e comportamento para que eles estejam preparados para voltar à natureza”, afirma a médica veterinária do Cras, Liliane Milanelo.

São mantidos simultaneamente no CRAS cerca de 1,8 mil animais no alojamento para reabilitação. Mais de 80% deles são aves. Todo animal que chega é identificado e todos recebem tratamento curativo ou preventivo e, em seguida, avalia-se o comportamento do indivíduo. “Aqui nós corrigimos a alimentação também. Depois de vencidas todas essas etapas tem uma avaliação sanitária e só depois encaminhamos para as áreas de solturas cadastradas, para o animal poder voltar ao seu habitat”, explica Liliane.

Denuncie
Para denunciar atividades que colocam em risco a fauna ligue no 190 da Polícia Militar Ambiental ou no Disque Ambiente no 0800 113560. Também é possível enviar um e-mail para ambientaldenuncias@policiamilitar.sp.gov.br.

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