Governo de SP faz livro sobre Desenho Universal da CDHU

Publicação foi apresentada em seminário internacional sobre tecnologias para inclusão de deficientes

sex, 19/03/2010 - 11h53 | Do Portal do Governo

O secretário da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, e a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, abriram nesta quinta-feira, 18, o Seminário “A Economia do Conhecimento sob a Ótica da Inclusão: Desenvolvendo Tecnologias e Inovação para Pessoas com Deficiência”, em São Paulo. No evento, foi lançado o livro “Diretrizes do Desenho Universal na Habitação de Interesse Social no Estado de São Paulo”, desenvolvido pelas duas secretarias, em uma parceria que vem, desde o início da gestão do governador José Serra, promovendo os conceitos de acessibilidade em São Paulo, estado pioneiro na adoção do Desenho Universal – DU. 

A publicação vai orientar prefeituras, órgãos públicos, construtores, arquitetos e a comunidade acadêmica sobre a implantação dos princípios do DU nos projetos de moradias, incluindo os espaços privativos dos imóveis e as áreas de uso público. “Todos os novos projetos da CDHU contemplam a acessibilidade. A moradia precisa atender a pessoa em todas as etapas da vida e em qualquer situação”, disse o secretário Lair Krähenbühl.  

A proposta do DU é criar espaços que possam ser utilizados não somente por pessoas com deficiência, temporária ou permanente, mas também por indivíduos com estatura diferenciada, obesidade ou com mobilidade reduzida, como idosos, gestantes e crianças. “O Brasil tem mais de 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. O estado precisa de políticas capazes de atender essa parcela da população. Em São Paulo isso já é realidade”, disse a secretária Linamara Battistella.  

Diretrizes para aplicação do Desenho Universal em moradias  

As diretrizes para a implantação do DU nas moradias de Interesse Social foram classificadas em três escalas: área interna das moradias; áreas comuns dos condomínios e áreas e espaços públicos nas imediações.  

A área interna do imóvel e os acessos devem apresentar dimensão adequada, o projeto deve prever vãos de portas e corredores com larguras adequadas, correta solução de portas, facilidade de manobra e de acesso às janelas. Também deve ter soluções de ventilação, intercomunicação entre os ambientes, revestimentos antiderrapantes, interruptores e campainhas, metais e louças sanitárias em alturas acessíveis a todos os usuários, bem como interruptores paralelos para  quartos  e  corredores,  sinais  sonoros  e luminosos e área para instalação de elevadores ou plataformas.  

As áreas condominiais devem atender às necessidades de todos os usuários. Entre os itens previstos estão: rampas, guias rebaixadas, passeios com revestimento e elementos de apoio e declividade adequados; calçadas com largura mínima de 1,20 metros, interligação acessível entre estacionamento e áreas comuns; e previsão de sinalização, guarda-corpos e corrimão. 

Para as áreas de uso público, é recomendada a criação de espaços urbanos e de lazer que incluem postes e telefones públicos instalados de forma a não obstruir a faixa de circulação, e pontos de transporte público em distância confortável às pessoas com limitações de locomoção. 

Da CDHU/Secretaria da Habitação