Governo de São Paulo se prepara para aumento da população de idosos

Estudo prevê 64 milhões de pessoas na 3ª idade em 2050 e ações do Estado já se preocupam com esse futuro

sex, 14/05/2010 - 13h46 | Do Portal do Governo

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira, 13, apontou que 60% dos municípios do País contam com ações voltadas à população com mais de 65 anos. Além disso, uma projeção estima que em 2050, a terceira idade corresponda a mais de 64 milhões de brasileiros com mais de 60 anos. Segundo o IBGE, essa tendência ao envelhecimento é verificada em grande parte do mundo e isso tem gerado um aumento na demanda por políticas públicas para idosos.

Em abril, um estudo no mesmo sentido, elaborado pela Fundação Seade com base em suas projeções demográficas, mostrou que estão em curso profundas transformações na estrutura etária da população de São Paulo. Esses três momentos da demografia paulista mostram a trajetória do processo de envelhecimento e o novo retrato da população, em que a idade mediana, que era de 20,8 anos, em 1950, passou para 27,5 anos, em 2000, e possivelmente alcançará 45,3 anos, em 2050. Isso significa que, se hoje a metade da população paulista tem menos de 32 anos, daqui a 40 anos terá mais de 45 anos. Conheça a pesquisa aqui.

Esse panorama interfere em todas as dimensões da vida e terá grande impacto nas demandas de todos os setores da sociedade, como aquelas relacionadas a educação, saúde, previdência social, etc. E o Governo do Estado, consciente de todas essas mudanças, desde agora investe em programas voltados à terceira idade.

O programa Quero Vida, por exemplo, faz parte do Plano Estadual para a Pessoa Idosa e vai construir, entre outros projetos, Centros Dia, lugares para até 50 idosos, onde eles poderão passar momentos agradáveis com cuidados médicos geriátricos e enfermeiros à disposição, além de terem garantidas condições de acesso, higiene pessoal e alimentação. Tudo de forma gratuita. Esses espaços do Quero Vida servirão para que diminuam os números de internações, acidentes domésticos e também irão evitar o isolamento social dos idosos que não podem ter cuidado exclusivo da família durante o dia. Leia mais aqui.

Lar doce lar

Para garantir moradia digna, mais qualidade de vida e conforto aos lares para as pessoas da terceira idade, o governo, com a CDHU, lançou o programa Vila Dignidade, pequenas vilas especialmente projetadas para os idosos de baixa renda, dotadas de assistência social, atividades socioculturais e de lazer. Vários itens de segurança e acessibilidade foram introduzidos nos conjuntos.

Os candidatos devem ter 60 anos ou mais, ser independente para a realização das tarefas diárias, possuir renda mensal de até dois salários mínimos, ser só ou não possuir vínculos familiares sólidos e morar a pelo menos dois anos no município. Conheça a expansão do programa aqui.

Vivaleite

E não é só com centros de convivência que o Estado atende à terceira idade. O Vivaleite que oferece 15 litros de leite por mês a idosos. São 84 mil deles cadastrados no programa só na Grande São Paulo. É o Governo do Estado trabalhando pela seguridade alimentar da sua população com mais idade. Saiba mais aqui.

Mente sã 

Dois programas estaduais levam os idosos de volta para a sala de aula. O Acessa SP, programa de inclusão digital do governo, tem atualmente 85 projetos voltados para a terceira idade. O Escola da Família também oferece cursos de informática. A programação, no entanto, vai além: são realizadas atividades culturais, esportivas e educacionais. Segundo levantamento da Secretaria da Educação, cerca de 112 mil idosos freqüentam as escolas da rede estadual nos finais de semana. 

Corpo são 

A capital paulista conta com dois Centros de Referência do Idoso (CRI’s) – um na zona norte e outro na leste. Mantidos pela Secretaria da Saúde, as unidades atendem cerca de 12 mil idosos/mês. Em Santana, são oferecidas as seguintes especialidades: cardiologia; cirurgia geral, vascular e plástica; dermatologia; endocrinologia; fisiatria; urologia; ginecologia; reumatologia, entre outras. Também há assistência odontológica. Em São Miguel Paulista, a equipe é formada por ortopedistas, nutricionistas, cardiologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e demais especialistas. 

A Rede de Reabilitação Lucy Montoro, entidade voltada para a reabilitação e capacitação das pessoas com deficiência, também oferece programas de condicionamento cardiovascular e respiratório, além de fortalecimento muscular para os idosos. Ainda para cuidar da parte física, os idosos contam com uma praça de exercícios no Parque da Água Branca. O local tem 400 metros quadrados e seis estações ergométricas para fortalecimento da musculatura, melhoria do equilíbrio e da mobilidade física. 

Para estimular a prática de atividades físicas e criar um espírito saudável de competição, desde 1997, a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo promove os Jogos Regionais dos Idosos (JORI). Os atletas da terceira idade exibem sua performance em provas de atletismo, bocha, buraco, coreografia, damas, dança de salão, dominó, malha, natação, truco, vôlei adaptado, xadrez e o tênis de mesa adaptado. 

Outras áreas

E muitas outras ações podem ser enumeradas. Nos postos do Acessa SP, há aulas de informática voltadas a idosos e acesso gratuito a internet, garantindo a inclusão digital dessa população. Na área da saúde, outro programa é o Centro de Referência do Idoso, que tem atendimento médico ambulatorial aliado a espaços de convivência, que fazem cerca de 12 mil atendimentos por mês. O governador José Serra também destaca a vacinação contra a gripe para quem tem mais de 60 anos, iniciada na época em que era Ministro da Saúde.

O Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural também tem voltado sua atenção aos idosos. O Governo também criou um curso de especialização de “cuidadoras de idosos” que será oferecido nas Etecs, qualificando ainda mais as pessoas que tomam conta de pessoas na terceira idade.

Há também o Futuridade, lançado em novembro de 2008. O programa prevê a realização de campanhas educativas, dentro e fora da escola, a respeito do envelhecimento; a construção e fortalecimento de uma rede de ações e serviços para atendimento dos idosos; e a formação permanente de profissionais que lidam com idosos no seu dia-a-dia. Para medir o desenvolvimento destas ações e a assistência prestada à pessoa idosa em termos de serviços, programas e iniciativas, inclusive das gestões municipais, o Estado criou também o Índice Futuridade. 

Do Portal do Governo do Estado