Cerimônia de entrega dos troféus do I Prêmio Sanitarista do Brasil, criado pelo Governo do Estado de SP
Durante o evento, a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Alto da Boa Vista foi renomeada como ETA Eng. Rodolfo José da Costa e Silva, em homenagem a um dos maiores nomes do saneamento no Brasil
(Atualizado às 17h15)
O desenvolvimento do saneamento básico e da saúde pública é, sem dúvida, o maior desafio para garantir a qualidade de vida da população brasileira. A grande vantagem de nosso país é que nesses setores encontramos profissionais que, além de tecnicamente brilhantes, têm comprometimento ético e social. Para homenageá-los, o Governo de São Paulo criou o Prêmio Sanitarista do Brasil. A cerimônia de entrega dos troféus aos dez profissionais escolhidos e a seus familiares (algumas homenagens são póstumas) aconteceu nesta quinta-feira, 1º de julho, em São Paulo, e contou com a presença do governador Alberto Goldman.
A homenagem é uma iniciativa das secretarias de Saneamento e Energia e a de Saúde, em parceria com a Associação Brasileira Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). O prêmio foi instituído por meio do Decreto 55.924/2010, publicado em 19 de junho no Diário Oficial do Estado. “Essa homenagem é importante porque ressalta as pessoas que formaram gerações, que formam gerações ainda, que foram professores, no trabalho, nos projetos, nas propostas, nos modelos de saneamento”, disse o governador.
A cada quatro anos, o Estado de São Paulo entregará troféus aos profissionais que se destacaram como importantes sanitaristas no país. “É uma oportunidade para reconhecer, valorizar e homenagear os profissionais que tanto contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do saneamento e saúde pública no Brasil”, afirmou a secretária de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena.
Para a criação do prêmio foram estabelecidos critérios como a importância do saneamento, que tem respostas imediatas nos índices de saúde pública da população e também nos indicadores de poluição ambiental do planeta. De acordo com o decreto, a escolha dos profissionais para a premiação deve atender, além dos critérios técnicos, outros requisitos: contribuição efetiva aos setores de saneamento e saúde pública, por meio de atuação, participação e postura ética nos respectivos setores.
“Esse prêmio vem num momento muito importante, de crescimento do setor de saneamento, quando existe a necessidade de diminuir a lacuna do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos. Não poderia ter momento melhor para reconhecer esses profissionais, que lutam pela melhoria do setor e pela universalização do serviço de saneamento”, disse a presidente da ABES, Cassilda Teixeira de Carvalho.
“É fundamental reconhecer publicamente as personalidades que contribuíram para aprimorar as condições de saúde e qualidade de vida da população. O trabalho desses sanitaristas foi fundamental para melhorar os indicadores de saúde, como a redução pela metade da mortalidade infantil no Estado de São Paulo nos últimos 15 anos”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que para cada real investido em saneamento, quatro deixam de ser gastos em saúde. Ou seja, mais que um prêmio, o Sanitaristas do Brasil é uma maneira de promover um assunto vital para a população brasileira.
Homenageados
Escolher os dez primeiros homenageados foi um desafio para a SSE, a Secretaria da Saúde e a ABES. Dos muitos profissionais que trabalharam arduamente para melhorar o saneamento e a saúde pública no país, poucos são conhecidos do grande público. Os premiados desta 1ª edição foram: Rodolfo José da Costa e Silva, João Luiz Barreiros de Araújo, Ysnard Machado Ennes e Edmundo Juarez e José Roberto Rêgo Monteiro (em memória), Luiz Antonio de Andrade Baltar, Alaôr Caffé Alves, José da Silva Guedes, José Carlos Seixas e Célia Maria Poppe de Figueiredo.
ETA
Durante o evento, a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Alto da Boa Vista ou ETA ABV foi renomeada como Estação de Tratamento de Água Eng. Rodolfo José da Costa e Silva, uma homenagem a um dos maiores nomes do saneamento no Brasil.
A Estação é a segunda maior planta de tratamento de água da Sabesp. O complexo trata a água que é bombeada da represa Guarapiranga e tem capacidade de produção de 14 mil litros por segundo e é responsável pelo abastecimento de 3,8 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo.
Das Secretarias da Saúde e de Saneamento e Energia
