Governo celebra Dia Mundial contra a Homofobia

Será publicado edital voltado à promoção de manifestações culturais da população LGBT

seg, 17/05/2010 - 10h02 | Do Portal do Governo

O  Governo de São Paulo, em celebração ao Dia Mundial Contra a Homofobia,  anuncia a publicação de um edital  voltado  à  promoção  de  manifestações culturais da população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

As  propostas  serão  avaliadas  pela Secretaria da Cultura, com apoio da Coordenadoria  de  Políticas  para  a  Diversidade  Sexual,  vinculada  a Secretaria  da Justiça  e da Defesa da Cidadania. Ao todo será investido meio milhão de reais em 34 projetos.

Com  mais  esta  ação,  o  governo do Estado, ao mesmo tempo, propicia o enfrentamento à homofobia e viabiliza uma forma alternativa de incentivar a população  a  reafirmar  a  sua identidade cultural. É um novo diálogo contra  a discriminação”, destaca  o Coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado, Dimitri Sales.

Para  que  possam  se habilitar, todas as propostas devem englobar uma ou mais atividades  definidas  pelo  edital,  com  a  temática  LGBT,  como apresentações públicas  e  a  realização  de  atividades de valorização, preservação  e   difusão  das manifestações  culturais,  realização  de atividades  voltadas  à promoção da visibilidade e preservação da memória LGBT,  publicação de livros e produção de registro audiovisual ou musical.

O prazo de inscrição terá início em 18 de maio e vai até 6 de julho de  2010.  Para instruir os interessados na apresentação das propostas, a Coordenadoria  de  Políticas para a Diversidade Sexual e a Secretaria da Cultura  promoverão  cursos  na  capital e no interior. Na capacitação serão  abordadas as questões fundamentais para a elaboração de projetos a serem avaliados pelo governo estadual.

O  edital  na  íntegra  estará disponível, a partir desta terça-feira, 18, no site www.cultura.sp.gov.br.

Dia Mundial contra a Homofobia

A  data  é referenciada pela importante decisão da Organização Mundial de Saúde  de retirar  a  homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, ocorrida em 17 de maio de 1990.

Coordenação  de  Políticas  para  a Diversidade Sexual

Criada   em  fevereiro  de  2009,  a  Coordenação  de  Políticas  para  a Diversidade Sexual  do Estado de São Paulo tem como principal atribuição defender   os  direitos da  população  de  lésbicas,  gays,  bissexuais, travestis  e  transexuais.  O  órgão também  promove, elabora, coordena, desenvolve  e  acompanha  programas,  projetos e atividades destinadas ao  enfrentamento  à  homofobia, à promoção da cidadania LGBT e ao respeito à orientação sexual e identidade de gênero de cada cidadão.

A  população  LGBT do Estado de São Paulo tem à disposição um órgão com a atribuição  de  elaborar e executar ações de promoção da cidadania LGBT e defesa dos  seus direitos humanos, bem como o Comitê Intersecretarial de Defesa  da Diversidade  Sexual,  composto por representantes de diversas secretarias estaduais, com a função de auxiliar a elaboração e realização das iniciativas da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual.

Ambulatório de dedicação exclusiva

O Governo de São Paulo foi o pioneiro n País ao criar o ambulatório de saúde do Brasil dedicado exclusivamente a travestis e transexuais, no qual a Secretaria da Saúde mantém um centro com profissionais especializados. O ambulatório completa seu primeiro ano de funcionamento no próximo dia 9 de junho.

O espaço, com capacidade para 300 atendimentos por mês, conta com atendimento especializado em urologia, proctologia e endocrinologia (terapia hormonal),  avaliação e encaminhamento para implante de próteses de silicone e cirurgia para redesignação sexual.

A demanda mais recorrente no centro é a hormonioterapia, responsável por 45% dos casos. Também são frequentes demandas por cirurgia de redesignação sexual, com 37% dos casos, e remoção de silicone industrial, com 14% dos casos.

Também estão entre os principais interesses do público do ambulatório a realização de testes para HIV e hepatites virais e acompanhamento médico para portadores de HIV. A maior parte das usuárias tem entre 30 e 40 anos e estudou até o ensino médio.

Protocolo de atendimento

Recentemente, em janeiro, uma nova conquista na área: o primeiro protocolo para atendimento de travestis do País que inclui a orientação e definições de dosagens em relação ao uso de hormônios, acompanhamento e tratamento das complicações decorrentes do uso de silicone industrial, avaliações urológicas e proctológicas, entre outras.

O protocolo ainda define as dosagens de hormônios a serem usadas e determina a avaliação em consultas periódicas do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.

Três decretos em favor da comunidade LGBT

O Governo do Estado de São Paulo, no seu papel de garantir o pleno respeito à população paulista de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, independente de sua orientação sexual e identidade de gênero, publicou, na quinta-feira, 18, três decretos em favor da comunidade LGBT que passam a valer a partir da sua publicação.

O primeiro deles, nº. 55.587/10, institui o Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. No decreto nº. 55.588/10, uma das principais demandas o movimento LGBT foi atendida. Agora, transexuais e travestis têm garantido o direito à escolha de tratamento nominal nos órgãos públicos do Estado de São Paulo. Já o terceiro, nº. 55.589/10, regulamenta a Lei Estadual nº. 10.948/01, que trata das penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual e identidade de gênero. Saiba mais aqui.

Selo da Diversidade

O Selo Paulista da Diversidade visa destacar organizações públicas, privadas e da sociedade civil que desenvolvam programas, projetos e ações de promoção e valorização da diversidade – seja de etnia, de gênero, cultural, idade, sexo, etc. – em seus ambientes de trabalho e em suas áreas de atuação. O Selo, um reconhecimento público de responsabilidade social, poderá ser incorporado à imagem da organização, agregando valor a ela.

Para participar, as empresas têm de preencher uma ficha de inscrição e assinar um Termo de Compromisso para Valorização da Diversidade. O Selo foi instituído por meio do Decreto 52.080, de 22/8/2007, e é outorgado mediante avaliação de um Comitê Gestor multidisciplinar instituído na Secretaria de Relações Institucionais e integrado por representantes do governo e da sociedade civil. A coordenação da iniciativa cabe à Coordenadoria de Articulação Institucional. Mais informações no site www.diversidade.sp.gov.br. Leia mais aqui.

Da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania e do Portal do Governo do Estado com informações da Secretaria da Saúde