(atualizado em 8 de agosto)
O Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), unidade da Secretaria da Saúde, alcançou a marca de 2 mil profissionais de saúde da rede pública do Estado capacitados para tratamento de tabagismo. A capacitação acontece desde 2005.
Como o tabagismo é uma doença relativamente nova, inserida na Classificação Internacional de Doenças apenas em 1997, grande parte dos profissionais que oferecem assistência em saúde não tiveram capacitação suficiente para abordar o tema com os seus pacientes.
Em pesquisa feita pelo Cratod, foi apontado que pelo menos 71% dos profissionais de saúde não receberam capacitação sobre tabagismo durante a graduação. Entre os que receberam treinamento, 24% julgaram-no insuficiente. Apenas 5% dos entrevistados consideraram suficiente o que aprenderam sobre tratamento de tabagistas.
O resultado da pesquisa reflete diretamente na forma como são feitos os atendimentos. Apenas 14% dos participantes relataram que abordam o tema tabagismo nas consultas, mesmo quando a doença está associada ao fumo. Somente 21% dos entrevistados dizem abordar sempre. Outro dado importante apontado pela pesquisa é que 69% dos profissionais não classificam o tabagismo no prontuário do paciente.
“Hoje vivemos uma pandemia de tabagismo. Por isso, a importância da formação dos profissionais de saúde”, explica a coordenadora do Programa de Tabagismo do Cratod, Stella Regina Martins.
O levantamento foi feito durante capacitação realizada pelo Cratod em agosto com aproximadamente 50 participantes. Desse total, 31% eram médicos, 27% enfermeiros, 31% psicólogos e 11% tinham outras formações como fisioterapeuta, assistente social e terapeuta ocupacional.
O curso de abordagem intensiva do fumante acontece mensalmente. Essa foi a primeira vez que foi feita a entrevista durante o curso.
Da Secretaria da Saúde
