Governador Serra visita Jardim Romano

O governador José Serra esteve hoje no Jardim Romano, na extrema zona leste de São Paulo, onde se encontrou com os secretários da Segurança Pública, da Casa Militar (responsável pela […]

sáb, 19/12/2009 - 19h11 | Do Portal do Governo

O governador José Serra esteve hoje no Jardim Romano, na extrema zona leste de São Paulo, onde se encontrou com os secretários da Segurança Pública, da Casa Militar (responsável pela Defesa Civil) e do Saneamento e Energia, além do presidente da Sabesp, do comandante geral da PM e do comandante do Corpo de Bombeiros, mais o sub-prefeito de São Miguel Paulista.

O grupo percorreu as tendas montadas desde quinta-feira para atendimento dos moradores da região, que está com ruas alagadas. A decisão de montar as tendas foi tomada em conjunto pelo governador Serra e o prefeito Gilberto Kassab, de forma a concentrar e organizar o atendimento dos moradores das áreas afetadas. Perto de 1.800 agentes públicos da Prefeitura e do Governo de São Paulo estão no Jardim Romano, Jardim Helena, Vila Itaim e Jardim São Martinho, que compõem o Jardim Pantanal, onde ficam as tendas que servem de base de operação da PM, bombeiros e Defesa Civil do município e do estado. Nelas estão atuando ainda 100 profissionais de saúde.

A triagem de casos suspeitos de leptospirose e outras doenças comuns nas enchentes passou a ser feita nas próprias tendas. Ambulâncias de plantão fazem a remoção para os hospitais da região, se necessário. No Jardim Romano, foi também montada uma área de lazer para crianças, com o objetivo de evitar que elas passem o dia brincando nas ruas e tenham contato com a água. Barcos e viaturas dos bombeiros estão fazendo o transporte dos moradores das ruas alagadas, também para evitar o contato dos moradores com a água.

Algumas das ruas foram interditadas com a mesma finalidade. Nas tendas, os moradores estão recebendo ainda cestas básicas e kits de higiene. A Sabesp distribui cloro para limpeza e desinfecção das casas e utensílios, e água potável. Equipes de limpeza estão nas ruas, e os moradores são visitados por agentes de saúde e assistentes sociais em suas casas.

“O governo do Estado está ajudando a Prefeitura, assim como ajudamos a prefeitura de Osasco e de Guarulhos, que enfrentam problemas semelhantes, com colchões, cestas básicas e material de limpeza, e vamos ajudar todas as prefeituras que nos solicitarem.” O governador também conversou com moradores e visitou a unidade móvel do Poupatempo que foi deslocada para o Jardim Romano para providenciar documentos perdidos na enchente. Além de RG e carteira de trabalho, é possível obter certidões de nascimento em caráter emergencial, graças a um acordo entre o Poupatempo e a associação dos cartórios.

O Poupatempo opera com 9 mesas de atendimento, que subirão para 16 na segunda-feira. Durante a visita, o governador informou que a CDHU colocou à disposição da Prefeitura de São Paulo 340 apartamentos já prontos em Itaquaquecetuba, a cerca de 5 quilômetros do local, para receber as famílias que estão sendo retiradas de suas casas. Cerca de 40 das quase 200 famílias já cadastradas pela Prefeitura visitaram os imóveis e começaram a mudança.

“O esforço deve ser, sempre, o de manter as pessoas em sua região, e é esse cuidado que estamos tendo”, disse o governador. A Prefeitura calcula que 1.900 famílias terão de ser retiradas do Jardim Pantanal. No final da visita, Serra reuniu-se com a secretária de Saneamento e Energia, técnicos da pasta e do DAEE para discutir soluções para drenar as ruas ainda alagadas, e evitar que novas enchentes ocupem essas ruas. Todos os bairros do Jardim Pantanal estão localizados na várzea do rio Tietê, uma área mais baixa que o rio e que serve de escape natural das águas quando ocorrem cheias. Como estão ocupadas por casas, essas várzeas tornam-se impermeáveis e as enchentes, cada vez maiores por conta dessa ocupação, demoram a desaparecer.

“Temos de buscar uma solução de engenharia que dê certo até que os moradores sejam retirados”, disse o governador. O governo de São Paulo está implantando em toda a região o Parque Várzeas do Tietê que, com 75 quilômetros de extensão, vai desocupar e recuperar as margens do rio, ajudando também no controle das cheias que atingem a marginal Tietê. O plano de remoção das famílias contempla a construção de moradias próximas aos locais em que elas vivem. A construção do parque será dividida em três etapas. A primeira, com 25 km, já está em andamento e ficará pronta até 2012. O parque todo deve ser concluído em 2016. Na volta, o governador ainda sobrevoou a área da favela Jardim Alba, em que ocorreu um incêndio na tarde de ontem, onde recebeu informações de que os bombeiros já estavam fazendo o socorro dos moradores.

Do Portal do Governo de São Paulo