Governador participa da cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti

Imprensa Oficial conquistou 2º lugar na categoria Ciências Humanas com o livro "A luta pela anistia"

sex, 05/11/2010 - 8h41 | Do Portal do Governo

(Atualizado às 13h25)

O governador Alberto Goldman participou na quinta-feira, 4, da cerimônia de entrega do mais importante prêmio literário do País, o Jabuti, organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). O evento foi realizado na Sala São Paulo. Este ano, a premiação alcançou recorde de inscritos (2.867) entre todas as edições do concurso. Concorreram ao Prêmio Jabuti 2010 apenas obras inéditas, editadas no Brasil, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009.

Aprofundando um fundamental assunto da memória nacional, “A luta pela anistia” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Editora UNESP, Arquivo Público do Estado de São Paulo) conquistou o segundo lugar na categoria Ciências Humanas. Em 52 edições do prêmio, este é o 21º Jabuti vencido pela editora desde 2003 e o 40º no total. 

“A luta pela anistia” é uma coletânea organizada por Haike R. Kleber da Silva, diretora do Centro de Difusão e Apoio à Pesquisa do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Os 21 textos que compõem a obra foram apresentados durante o Seminário Internacional “A luta pela anistia: 30 anos”, realizado em maio de 2009, com a participação de historiadores, cientistas sociais, juristas e atores do processo de luta pela redemocratização do país. Os textos discutem temas como a história da campanha da anistia, a participação das mulheres no processo de redemocratização e a experiência dos países latinoamericanos, além de questões que hoje estão na ordem do dia, como a apuração de responsabilidades, a punição aos torturadores, a Operação Condor, as reparações aos anistiados políticos, a abertura dos arquivos da repressão e o acesso às suas informações.

Entre os autores figuram estudiosos como Maria Luiza Tucci Carneiro, professora da USP e coordenadora-geral do PROIN – Projeto Integrado Arquivo Público do Estado-USP; Pedro Nikken, ex-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos; André de Carvalho Ramos, professor de Direito Internacional da USP; Martín Almada, educador, advogado e escritor paraguaio; Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, procuradora da República em São Paulo; Idibal Pivetta, advogado de presos políticos; e James Green, professor da Brown University (EUA).

Complementam o volume cinco guias de fontes sobre a anistia e processos correlatos de instituições como o Arquivo Público do Estado de São Paulo, o Arquivo Edgar Leuenroth/Unicamp, o Centro de Documentação e Informação Científica/PUC-SP, o Centro de Documentação e Memória da UNESP e o Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro. Além disso, o volume apresenta abundante bibliografia e é ilustrado com dezenas de reproduções de cartazes e folhetos (brasileiros e estrangeiros) sobre a luta pela anistia no Brasil e em outros países da América Latina. 

Médicos e docentes do HC também são premiados

Médicos e docentes do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, receberam o prêmio  na categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde, pela obra “Clínica Médica”, da Editora Manole. Os premiados foram Milton de Arruda Martins, Flair José Carrilho, Venâncio Avancini Ferreira Alves, Euclides Ayres de Castilho, Giovanni Guido Cerri e Chao Lung Wen.

O livro Clínica Médica é dedicado a estudantes de medicina, médicos residentes e médicos que atuam nas áreas gerais de atendimento a adultos. A obra contou com a participação de 800 autores da instituição.

Sobre o Prêmio Jabuti

Criado em 1958, o Prêmio Jabuti tem o objetivo de valorizar o trabalho de editores, escritores, ilustradores, tradutores e designers gráficos.

A estatueta do Jabuti foi confeccionada pela primeira vez no ano seguinte, em 1959, após concurso público entre escultores e artistas plásticos. A peça escolhida pertencia ao artista Bernardo Cid de Souza. O primeiro vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Romance foi Jorge Amado, com “Gabriela, Cravo e Canela”.

No início, o Prêmio Jabuti constava de apenas sete categorias: Literatura, Capa e Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Atualmente, são contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, em um total de 21 categorias, como Tradução, Ilustração, Capa e Projeto Gráfico, além das categorias tradicionais como Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Infantil-Juvenil.

A última categoria ingressada no prêmio foi a de tradução de obra literária para o português de um idioma específico. Ano passado, quando foi criada a categoria, a tradução contemplada foi a francesa. Este ano, o mais importante prêmio literário do País homenageou o espanhol com a categoria “Tradução de Obra Literária Espanhol-Português”.

As láureas livro do ano de ficção e livro do ano de não-ficção foram criadas em 1991 e 1993, respectivamente. Esses prêmios são revelados somente na noite da entrega da estatueta aos vencedores em cada categoria. 

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo