Governador lança campanha estadual contra o mosquito da dengue

Campanha prevê parcerias com prefeituras, contratação de profissionais, aluguel de veículos e conscientização da população

seg, 13/11/2006 - 19h17 | Do Portal do Governo

O governador Cláudio Lembo lançou na tarde desta segunda-feira, dia 13, no Palácio dos Bandeirantes, a Campanha Estadual de Combate à Dengue 2007, que tem como objetivo diminuir o número de vítimas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. A cerimônia contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

A meta é reduzir o número de 43 mil casos registrados neste ano. Para isso, a campanha prevê parcerias com prefeituras, contratação de 406 profissionais, aluguel de veículos e conscientização da população através de inserções na mídia. Haverá ainda, distribuição de folders nas rodovias paulistas, cartazes em postos de saúde e folhetos explicativos sobre como evitar criadouros do mosquito. O investimento é superior a R$ 5 milhões.

Durante seu discurso, o governador solicitou empenho de todos na tentativa de diminuir o percentual de infectados pelo vírus no Estado. “Vamos combater esse mosquito juntos. O auxílio dos meios de comunicação na divulgação de como devemos combater o mosquito da Dengue é fundamental para termos êxito nessa tarefa”, afirmou Lembo. Ele destacou a importância de convênios com prefeituras e usou como exemplo o modelo aplicado na Capital, onde o prefeito Gilberto Kassab autorizou a transferência de R$ 1,2 milhão do orçamento para a campanha na cidade. Lembo disse também que as três esferas – federal, estadual e municipal, devem estar integradas.

De acordo com o cronograma estabelecido pelos responsáveis pela campanha, seis regiões do Estado serão priorizadas: São José do Rio Preto, Santos, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Taubaté e Grande São Paulo. Na avaliação dos técnicos da Secretaria da Saúde, o baixo número de focos da doença registrado nestas regiões em 2006 pode resultar em aumento no próximo ano. “A população muitas vezes acaba se descuidando e desta forma é que o mosquito aparece com mais intensidade”, explicou o secretário da Saúde.

Segundo Barradas, mais de 80% dos criadouros do mosquito são encontrados em residências. “Esse dado demonstra o quanto é importante os moradores estarem conscientes”, destacou o secretário.

Ele lembrou que a Secretaria organiza nesta semana, uma das maiores semanas de alerta contra dengue da história de São Paulo com eventos programados em todo o Estado. Técnicos de saúde farão a distribuição de panfletos em teatros e oficinas.

Barradas disse que a elevação do número de casos registrados em 2006 no Estado de São Paulo deve-se a três fatores: inverno atípico com maior intensidade de chuvas, descuido da população com a prevenção e a chegada ao Estado de um novo tipo do vírus.

Participaram da cerimônia o secretário da Casa Civil, Rubens Lara, o secretário-adjunto da Casa Civil, José Eduardo de Barros Poyares, a chefe da Casa Militar, Cel. Fem. PM Fátima Ramos Dutra, o deputado estadual Waldir Agnello e a secretária municipal de Saúde de São Paulo, Maria Aparecida Orsini.

Dicas de como prevenir a doença

– manter a caixa d’água, tonéis ou outros recipientes que sirvam como depósito para água sempre bem tampados;

– escorra a água e coloque areia nos pratinhos de plantas;

– plantas que acumulem água, como a bromélia, devem ser tratadas com uma mistura de uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água;

– lixeiras devem ser tampadas e sacos de lixo bem fechados;

– tampas de garrafa, latas, copos descartáveis, garrafas de plástico ou vidro ou quaisquer outros objetos que retenham água devem ser colocados em saco plástico bem fechado antes de ir para o lixo;

– vasilhas de água para os animais domésticos devem ser lavadas com sabão em água corrente, pelo menos uma vez por semana;

– evite acumular entulho e lixo;

– verifique as calhas de água da chuva para que não fiquem entupidas, removendo folhas ou outros materiais;

– retire a água acumulada nas lajes.

Cleber Mata