Governador José Serra vistoria área do Metrô atingida por deslizamento

Serra disse que a prioridade é atender as vitímas que estão desaparecidas e as que tiveram que deixar suas casas

sáb, 13/01/2007 - 18h28 | Do Portal do Governo

O governador José Serra esteve neste sábado, dia 13, vistoriando as obras de recuperação na futura estação Pinheiros, na Linha 4 do Metrô, onde houve um deslizamento na última sexta-feira (12) abrindo uma cratera de 80 metros.

O buraco engoliu quatro caminhões, dois carros e uma van e provocou a interdição da Marginal do Pinheiros. Segundo informações do Corpo de Bombeiros há pelo menos sete pessoas desaparecidas.

Serra destacou que a prioridade no momento é atender as vítimas que estão desaparecidas e aquelas que tiveram que deixar suas casas por causa do acidente. “A assistência é completa, pois temos 42 famílias já hospedadas em hotéis e que terão suas casas refeitas, se necessário. E também estamos nos empenhando na busca das pessoas que estão desaparecidas”, comentou o governador.  Ele explicou que após a localização da van, dos carros e seus ocupantes, será feita uma base de cimento para dar mais sustentação e não haja mais deslizamentos.

O governador informou ainda que a Secretaria de Transportes Metropolitanos, através do Metrô contratou o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para elaborar um laudo que apontará as causas do acidente. “Isso será feito de forma muito responsável, com técnicos de alta competência. Qualquer coisa que se fale agora não passa de especulação”, disse o governador.

O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra do Metrô. Do fosso, partem dois túneis: um segue por baixo do Rio Pinheiros; o outro vai para o centro. Foi a partir desse segundo túnel que a estrutura, inaugurada há um ano, começou a desabar.

Serra ainda comentou as mudanças da estratégia de buscas, dizendo que, como não há mais possibilidade se continuar avançando pelo túnel, as escavações serão feitas por cima. Trinta homens, e dez viaturas do Corpo de Bombeiros trabalham no local do acidente. Entre hoje e amanhã à noite, as paredes do túnel (que passa embaixo da marginal Pinheiros) serão reforçadas com concreto

A preocupação dos técnicos é o guindaste que ameaça cair dentro da cratera formada pelo desabamento e provocar novos acidentes. A máquina tem aproximadamente 50 metros de altura e 50 toneladas e está presa à beirada do buraco.

O engenheiro do Metrô, Marco Antonio Campagno, disse que o equipamento foi amarrado a um contrapeso e fixado por concreto injetado, para ganhar estabilidade.  De acordo com a Defesa Civil, a inclinação do guindaste é o principal motivo pelo qual os imóveis da região que estão interditados não podem ser liberados

Durante sua vistoria o governador José Serra prestou solidariedade aos parentes das vítimas desaparecidas: o motorista Reinaldo Aparecido Leite e o cobrador Wescey Adriano da Silva, que estavam na região quando ocorreu o desabamento e não entraram mais em contato pelo rádio desde o momento do  acidente.

O Metrô, a Defesa Civil e o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras (e constituído pelas construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez) estão mobilizados para garantir a segurança da população, especialmente os moradores próximos à área.

Carlos Prado