Governador decreta luto oficial pela morte de Zilda Arns

Médica estava no Haiti em missão humanitária quando país sofreu um terremoto na terça, 12

qua, 13/01/2010 - 14h41 | Do Portal do Governo

O governador José Serra decretou luto oficial de três dias no Estado de São Paulo pela morte de Zilda Arns durante o terremoto que atingiu a capital do Haiti nesta terça, 12. A médica estava na cidade de Porto Príncipe em uma missão humanitária. Serra também sugeriu que o nome do parque a ser inaugurado no próximo sábado, na zona leste da capital paulista, passe a se chamar Parque da Integração Zilda Arns.

“A Zilda Arns foi a principal parceira junto a sociedade civil quando fui ministro da Saúde. Foi a pessoa que mais contribuiu para a redução da mortalidade infantil em nosso país”, disse o governador José Serra ao lamentar a morte da médica (leia a nota oficial aqui).

Zilda Arns nasceu em Forquilhinha, no estado de Santa Catarina, e morava em Curitiba (PR). Irmã do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, a pediatra e sanitarista tinha 75 anos e foi indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz. Ficou conhecida graças a seu trabalho à frente da Pastoral da Criança, que fundou em 1983 junto com Dom Geraldo Majela Agnello.  A instituição está presente em todos os Estados brasileiros e em mais 20 países.

Além de coordenadora internacional da Pastoral da Criança e fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa –  que criou em 2004 -, Zilda Arns ainda era representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Zilda Arns recebeu muitos prêmios por seu trabalho social, entre eles em 2002, o prêmio Heroína da Saúde Pública das Américas, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); o Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha; em 2000, a Medalha Simón Bolívar, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social; o Prêmio Humanitário 1997 do Lions Club Internacional; e ainda, em 1994, o Prêmio Internacional da OPAS em Administração Sanitária.

Ela era viúva desde 1978, tinha cinco filhos – um deles já falecido – e dez netos.

Do Portal do Governo do Estado