“O que fiz por Caçapava para receber esse título não foi nada, apenas a obrigação de um homem público”, afirmou o governador
O governador Lembo esteve neste sábado em Caçapava, onde recebeu o título de cidadão caçapavense.
Ao deixar o município, o governador esteve no mercado municipal
Ainda está prevista a construção do centro cirúrgico do hospital municipal
Lembo visitou também o Hospital Nossa Senhora da Ajuda, que recebeu apoio do Estado para obras de reforma e ampliação
O governador Cláudio Lembo esteve neste sábado, dia 23, em Caçapava, região do Vale do Paraíba, onde recebeu o título de cidadão caçapavense.
A iniciativa foi do Poder Legislativo da cidade pelo serviços prestados pelo governador ao município. Concedido no último mês de novembro, a aprovação foi em votação unânime dos 10 vereadores.
Em seu discurso, Lembo disse estar extremamente sensibilizado com a homenagem e que fez o que pode pela cidade. “O que fiz por Caçapava para receber esse título não foi nada, apenas a obrigação de um homem público”, afirmou o governador.Lembo também fez um balanço do seu mandato e lembrou dos acontecimentos de maio, quando ocorreu ataques de uma facção criminosa à policiais e civis. “Procurei demonstrar legalidade, moralidade e transparência e vencemos, porque o estado de direito e dignidade sempre vencem”. E agradeceu os brasileiros de São Paulo, “ninguém foi mais solidário que o povo”, concluiu.
Depois de receber a homenagem , Lembo visitou o Hospital Nossa Senhora da Ajuda, que recebeu apoio do Estado para obras de reforma e ampliação do pronto socorro e criação da ala infantil de emergência. Ainda está prevista a construção do centro cirúrgico.
Segundo o prefeito Carlos Vilela, Capaçava foi a terceira cidade mais atendida este ano pelo Governo paulista, atrás apenas São Paulo e Praia Grande.
Ao deixar o município, o governador esteve no mercado municipal onde provou a “taiada”, doce típico da região, feito com rapadura e gengibre
Caçapava
Os bandeirantes foram os primeiros habitantes de Caçapava. A exportação do café fez promover o trabalho escravo e a imigração européia, principalmente dos italianos de portugueses. Em 1875, Capaçava passa por um significativo progresso, devido ás suas lavouras de café (1830-1930), à expectativa da inauguração da estrada de fero e principalmente à elevação da Vila de Caçapava à categoria de município, por uma lei provincial.
Apesar das dificuldades decorrentes da crise do café que atingiu todo o Vale do Paraíba, apenas Caçapava não erradicou todas as suas lavouras de café e não passou a dedicar-se primordialmente à pecuária, como aconteceu em outros municípios do Vale.
Com a industrialização da cidade, que vem ocorrendo nas últimas quatro décadas, ao longo da rodovia Presidente Dutra, houve demanda de migrantes vindos de outras partes do País, sobretudo na região Nordeste.
O município também serve como dormitório para inúmeros trabalhadores, devido à proximidade de grandes centros urbanos, como Taubaté e São José dos Campos. O território de Caçapava foi alterado historicamente pela cultura devastadora do café e vem adotando recentemente vários processos de ocupação ambiental.
Carlos Prado / Rafael Servo
