Governador abre a 27ª Bienal de São Paulo

Cláudio Lembo também participou das comemorações dos 80 anos do poeta Paulo Bomfim

sex, 06/10/2006 - 22h40 | Do Portal do Governo

A abertura oficial da 27ª Bienal de São Paulo foi realizada pelo governador Cláudio Lembo, na noite desta sexta-feira, dia 6.

A mostra, que acontece no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do parque Ibirapuera, tem como tema este ano “Como viver junto”, sugerindo a idéia de interação entre arte, vida e a noção de coletividade.

Num espaço de 25 mil m² distribuídos nos três pavimentos do prédio, o público poderá ver até o dia 17 de dezembro, 118 trabalhos de artistas selecionados de 50 países, sendo que desses, sete foram convidados para realizar projeto gráfico do livro da exposição.

Manoel Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal ressaltou que a preocupação, foi trazer artistas da maior qualidade e realizar a exposição de forma extremamente democrática. “A bienal busca trazer a população, gratuitamente numa forma de inclusão cultural, fazendo com que a arte chegue a todos locais do País”, disse Manoel. Ele informou ainda que na edição deste ano, mais de 45 mil crianças da periferia de São Paulo irão visitar a exposição.

A curadoria está a cargo da de Lisete Lagnado, eleita para a função por um concurso de projetos. A expectativa é que cerca de 1 milhão de pessoas visitem a Bienal.

O governador Cláudio Lembo destacou a importância do tema deste ano , afirmando que é fundamental para o mundo contemporâneo. “Definitivamente a Bienal já começa vitoriosa com seu conceito. Viver junto é abrir mão de preconceitos, trocar idéias, captar a estética existente da obra de arte e ser solidário”, disse o governador.

O tema deste ano é inspirado em seminários de Roland Barthes, no Collège de France, realizados nos anos 70. A mostra propõe reflexão sobre a construção de espaços partilhados e práticas cooperativas. Baseia-se na interseção entre a linha de pensamento que Hélio Oiticica (1937-1980) desenvolveu: o sentido de “construção”, que está na base da experimentação neoconcreta, e o “adeus à estética”.

A Bienal conta ainda com programa de residência a 10 artistas internacionais que desenvolveram trabalhos especialmente para essa 27ª edição. São eles: Alberto Baraya, Armando Andrade, Florian Punhosl, Francesco Jodice, Lara Almárcegui, Marjetica Potrc, Meschac Gaba, Minerva Cuevas, Susan Turcot e Shimabuku.

Também constam nesta edição, a “Quinzena de Filmes” com 9 film makers, que será realizada de 4 a 18 de outubro no Cine Bombril e, posteriormente, no Museu Lasar Segall. Além do governador, estiveram na abertura da exposição, o prefeito Gilberto Kassab e o ministro da Cultura Gilberto Gil.

Serviço

27ª Bienal de São Paulo

Parque do Ibirapuera – pavilhão Ciccilo Matarazzo – Avenida Pedro Álvares Cabral, portão 10

De 7 a 17 de dezembro – terça a domingo – 10h às 21 horas

Entrada Franca

80 anos de Paulo Bomfim

Antes de abrir a 27º Bienal de São Paulo, o governador esteve na Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, região Central da Capital, participando da homenagem pelos 80 anos do poeta, jornalista e advogado Paulo Bomfim.

Paulo Bomfim é paulista, nasceu no dia 30 de setembro de 1926 e acadêmico da Faculdade de Direito de São Paulo, do tradicional Largo São Franscisco e um dos mais apaixonados cultores dos ideais constitucionalistas de 32, tema presente em sua obra literária. o “Poeta das Arcadas” é reconhecido como um dos seus mais emblemáticos representantes, ao completar seus 80 anos.

Em sua carreira literária tem ganho muitos prêmios de reconhecimento, a partir do seu livro de estréia “Antonio Triste (1947), com prefácio de Guilherme de Almeida que, no ano seguinte recebeu o prêmio Olavo Bilac. O poeta também foi homenageado pela Associação Paulista de MAgistrados com a publicação do livro “Tributo a Paulo Bomfim”. Em 2004, em reconhecimento a sua contribuição para a cultura nacional, o Governo do Estado de Paulo instituiu o Prêmio Paulo Bomfim de Poesia.

Atualmente Paulo é assessor da Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, Conselheiro do IMAE, depois de ter exercido a presidência do Conselho Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Honrarias e Méritos. Entre os principais livros de Bomfim estão Relógio de Sol (1951), Sonetos do Caminho (1983), 50 anos de Poesia (1999) e Livros dos Sonetos e Janeiros de Meu São Paulo, Colecionador de Minutos (2006)

Carlos Prado