(atualizado 15h45)
O vice-governador Alberto Goldman participou, nesta quarta-feira, 23, da cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação científica e tecnológica entre a FAPESP e a Vale S.A. O convênio apoiará a pesquisa científica, tecnológica ou de inovação nas áreas de mineração, energia, biodiversidade e produtos ferrosos para siderurgia. Também estiveram presentes o presidente da FAPESP, Celso Lafer, e o presidente da Vale, Roger Agnelli.
A previsão de investimentos é de até R$ 40 milhões, sendo metade proveniente da FAPESP e metade da Vale. Os temas contemplados no acordo refletem as atividades da Vale e desafios que a companhia enfrenta.
Segundo o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, o acordo de cooperação é mais uma oportunidade que a FAPESP oferece à comunidade de pesquisa do Estado de São Paulo de participar de temas de pesquisas relevantes para uma grande empresa e para a sociedade brasileira. “A ciência é um instrumento que a sociedade usa para melhorar a vida dos seres humanos em todos os aspectos, seja na alimentação, saúde ou preservação do meio ambiente”, disse o vice-governador. “A FAPESP foi criada com estas funções e cumpre seu papel de forma brilhante”, completou.
Luiz Eugênio Mello, diretor do Instituto Tecnológico Vale (ITV) e professor do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que um dos principais objetivos da parceria é levar para a empresa o conhecimento produzido nas universidades e nas instituições de pesquisa, adotando um modelo de inovação aberta.
No campo da energia, por exemplo, o acordo visa desenvolver novas rotas de obtenção de biocombustíveis, por meio de algas e resíduos florestais, até estudar modelos capazes de melhorar a eficiência da geração hidrelétrica.
Mello ressalta que a parceria com a FAPESP se justifica pelo tamanho da comunidade científica de São Paulo, que é a maior no país e responde por 51% do número de artigos publicados em revistas internacionais indexadas, e a experiência da Fundação na colaboração com empresas.
A Fundação também firmou recentemente acordos de cooperação com companhias como Microsoft, Dedini, Braskem e Sabesp. “Nós estamos fazendo algo para as empresas, não é só porque isso é importante para o desenvolvimento da produção, tecnológico, mas porque também nos permite alavancar o nosso próprio conhecimento”, ressaltou Goldman.
Da Agência Fapesp