Goldman lança Campanha Consciência Negra 2010

Também serão anunciadas outras medidas que integram a campanha, como o Encontro Paulista de Hip Hop e o grande show de 20 de novembro

qui, 13/05/2010 - 9h01 | Do Portal do Governo

(atualizado às 12h)

O governador Alberto Goldman lançou nesta quinta-feira, 13, a quarta edição da Campanha Consciência Negra, que desafia a população a explicar, por meio de imagens e palavras, o que significa “Consciência Negra”. O concurso de cartazes “Consciência Negra em Cartaz – O que é Consciência Negra para Você?” é uma iniciativa da Secretaria da Cultura e as inscrições abertas hoje, vão até 1º de setembro. A participação é livre, aberta ao público de todas as idades, e os cartazes podem ser enviados pelos Correios ou até mesmo criados no site da campanha: www.consciencianegra.com.br.

Em novembro, a Secretaria vai escolher os melhores trabalhos com a ajuda de uma banca de especialistas em publicidade. “É importante que as pessoas cheguem à consciência que somos todos iguais, independentemente de cor de pele, de origem, de raça, de pensamento político e de religião. Somos todos iguais”, disse o governador. O cartaz vencedor será utilizado na divulgação do Show da Consciência Negra, ponto alto da campanha, tradicionalmente realizado na Praça da Sé, no dia 20 de novembro de cada ano.

“Depois de lembrar personalidades negras da nossa história, receber cartas sobre o racismo e o preconceito, e mostrar a influência negra na vida brasileira por meio de fotos, a campanha dá um passo à frente. Convidamos os participantes a descrever, com imagens e palavras, o que falamos desde 2007”, afirma o assessor para Gêneros e Etnias da Secretaria, Leandro Rosa, ao relembrar as edições anteriores.

Além de designers, publicitários, artistas plásticos e estudantes, a Secretaria espera receber a contribuição da população em geral. Para isso, o site www.consciencianegra.com.br estará inteiramente no ar a partir de 24 de maio. Além de fonte de informações, ele pode ser usado para envio de frases e imagens por qualquer pessoa. As contribuições enviadas para o site vão integrar um acervo de ideias e sugestões. Com uma ferramenta interativa, o internauta vai poder juntar frases e imagens e montar o seu próprio cartaz. “Uma campanha desse tipo, ainda que seja uma gota no oceano, é essencialmente para a luta pela igualdade”, completou Goldman.

Outra atração do site é o Blog Consciência Negra, que oferecerá explicações e exemplos de cartazes, bem como mostras virtuais de cartazes temáticos. Contribuições dos visitantes também serão bem-vindas.

Além do concurso de cartazes, a Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias lança também um pacote de medidas que integram a Campanha Consciência Negra 2010, entre elas, o Edital de apoio a cidades para a comemoração no dia 20 de novembro; um curso de capacitação para o edital de Hip Hop e o 4º Encontro Paulista de Hip Hop, previsto para o dia 27 de novembro, no Memorial da América Latina. Em 20 de novembro, a Secretaria da Cultura promoverá um grande show, na Praça da Sé, para marcar o dia da Consciência Negra. 

Regulamento

Os participantes da Campanha Consciência Negra 2010 devem ser pessoas físicas, de qualquer idade, e não precisam residir no Estado de São Paulo. A inscrição pode ser feita em nome de uma pessoa ou equipe, e o limite é de três cartazes por participante.

Os cartazes, que não precisam ser inéditos, podem ser enviados por e-mail, para endereço eletrônico disponível no site, ou pelo correio, para a Caixa Postal 13810 – CEP: 01216-970 – São Paulo – SP. Eles devem estar acompanhados da ficha de inscrição preenchida, que pode ser impressa do site ou destacada do material de divulgação da campanha.

Também é necessária a inclusão da assinatura do participante com um “de acordo”, já que todos os cartazes serão publicados no site da campanha e não serão devolvidos.

Ao final do prazo de inscrição, em 1º de setembro, a banca – formada por Iris Di Ciommo, arquiteta, designer e professora da FAAP; Carlos Perrone, arquiteto, designer gráfico e professor da FAAP; e Dagoberto José Fonseca, professor Doutor em Antropologia da UNESP, especialista em estudos das populações afro-brasileiras – escolherá 50 cartazes. O público, pelo site, também escolherá um. 

Todos os cartazes selecionados integrarão uma exposição e um catálogo, com lançamento também previsto para novembro. Um kit com reproduções de todos os cartazes selecionados também será enviado às cidades do interior e litoral do Estado, para multiplicar a ação.

Edições anteriores

A primeira campanha organizada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Cultura, em 2007, promoveu uma exposição de grandes paineis retratando expoentes negros da história do Brasil. As imagens, afixadas em edifícios históricos da capital e 15 cidades do interior paulista, mostravam personalidades como o escritor Machado de Assis, o compositor Antonio Carlos Gomes, a cantora Clara Nunes e o jornalista José do Patrocínio.

Já para a segunda edição da campanha, em 2008, a Secretaria optou por motivar a população a se manifestar, por meio de cartas, sobre o tema Racismo: Se você não fala, quem vai falar? O sucesso da campanha pode ser medido pelo número de cartas recebidas, 13 mil, das quais 120 foram publicadas em um livro editado pela Secretaria.

No ano passado, a terceira edição promoveu um concurso fotográfico. A partir do tema “África em Nós”, a Secretaria recebeu mais de 7 mil fotografias mostrando a influência africana na sociedade brasileira. Em novembro, uma exposição no Museu Afro Brasil mostrou ao público as 101 imagens vencedoras, que também integraram um catálogo.

Outras ações

O Governo do Estado de São Paulo atua em várias outras frentes para a valorização da influência africana na sociedade brasileira e fortalecimento de políticas públicas voltadas para afrodescendentes.  No ensino profissionalizante, o Governo instituiu um Sistema de Pontuação acrescida para ingresso de afrodescendentes nas escolas técnicas estaduais. Já na rede pública estadual de ensino, o governo conta com 16 mil professores mutiplicadores da Lei 10.639/03, que determina o ensino da história e cultura africana e afrobrasileira no Ensino Fundamental e Médio.

A Fundação Casa conta com o Comitê Institucional Quesito Cor, órgão que discute questões relativas à diversidade étnico-racial e propõe políticas de atendimento aos adolescentes em medida socioeducativa; além disso, um capítulo exclusivo sobre a saúde da população negra foi incluído no Plano Estadual de Saúde Integral de SP. A Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, por sua vez, organiza e coordena a Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Comitê Gestor de Quilombos, a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena e o plano operativo de implantação das Políticas Afirmativas.

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Da Secretaria da Cultura