Gás natural é tema de workshop da Secretaria de Desenvolvimento

No evento, Goldman enfatizou o papel do Estado de São Paulo na questão do gás natural provido da Bolívia

sex, 04/05/2007 - 18h07 | Do Portal do Governo

Criado pela Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, o Workshop “Agenda do Gás Natural para o Estado de São Paulo” aconteceu na quinta-feira, 3, no Hotel Meliá Tryp Paulista. Estiveram presentes o vice-governador e secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Alberto Goldman, o secretário-adjunto de Desenvolvimento, Carlos Américo Pacheco, a secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Dilma Seli Pena e Francisco Graziano Neto, Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.

Na abertura, Goldman enfatizou o papel do Estado de São Paulo na questão do gás natural provido da Bolívia. “São Paulo tem a força política que pode ajudar a encaminhar essa questão”, disse o Secretário, também frisando que “estamos nas mãos da Petrobras, que, além dos interesses do Brasil, vê seus próprios interesses de empresa”.

O Workshop foi dividido em quatro painéis. No primeiro, intitulado “Cenários do Gás Natural e da Energia Elétrica”, o mediador do debate, que ocorreu após as palestras de Carlos Roberto Silvestrin (vice-presidente executivo da Associação Paulista de Cogeração – COGEN), Francisco Gomide (diretor da GMD Engenharia), Mario Veiga Pereira (presidente da PSR Consultoria) e Jerson Kelman (diretor geral da Aneel), foi Ricardo Toledo Silva, secretário-adjunto de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo

O segundo foi mediado por Aderbal de Arruda Penteado Junior, comissário geral da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), com o tema “Mercado Atual e Potencial para o Gás no Estado de São Paulo”. Os debates, que trataram das perspectivas e entraves, mercados e planos de ampliação, redes e dutos para o gás, foram das 12h30 às 13h, com os participantes Miguel Marcelo Napolitano (gerente comercial da Gás Natural SPS), André Lopes Araújo (diretor de Planejamento Integrado de Gás e Energia da Comgás e presidente da COGEN-SP), Marcello Agostini (diretor-geral da Gás Brasiliano Distribuidora – GBD) e Saturnino Sérgio da Silva (vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP).

Depois da pausa para o almoço, os trabalhos continuaram com o terceiro painel, o de “Produção Anual e Futura de Gás Natural – Bacia de Campos, Santos e Espírito Santo”, com o temário “fontes, reservas, oferta, infra-estrutura e logística, investimento, cronograma, produção, mercado e preços”. Os palestrantes da vez foram Marco Aurélio Tavares (socio-diretor da Gás Energy), Rick Waddell (vice-presidente executivo para a América do Sul do Grupo BG), Marcelo Menicucci Esteves (diretor comercial da Shell Gas & Power Southern Cone) e Kazuioshi Minami (gerente de suporte técnico da Petrobras). O mediador foi Carlos Américo Pacheco, secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.

As explanações derradeiras começaram após uma pausa para o café, às 16 horas. O painel “Lei do Gás, Quadro Regulatório Atual e Questões Ambientais” teve como temário o quadro regulatório atual, a lei do gás, entraves e dificuldades dos dias de hoje; aperfeiçoamentos necessários; dutos energéticos; licenciamento ambiental (áreas de proteção); tarifas atuais e futuras, mercado livre e contingenciamento.

O debate foi mediado pelo assessor de gabinete da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Roberto Andrade Moussallem, com a participação de Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo (secretário-adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de São Paulo), Luis Antonio Souza (advogado do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch), Zevi Kann (Comissário-chefe da Comissão de Serviços Públicos de Energia – CSPE) e Arnaldo Jardim, deputado federal.

Os objetivos do Workshop foram a apresentação e discussão de propostas para a inserção do Estado de São Paulo nas novas fontes de ofertas do gás natural, proveniente principalmente da Bacia de Santos, já que é o estado da Federação que mais utiliza o gás natural (32% do consumo nacional). A análise de perspectivas a curto, médio e longo prazo da dependência energética brasileira em relação a outros países, principalmente à Bolívia, de quem São Paulo importa 12 milhões de metros cúbicos diários, dos 15 totais, também foi prioridade nos trabalhos, assim como a avaliação das características do desenvolvimento energético no estado de São Paulo.

Da Secretaria Estadual de Desenvolvimento