Furp colabora para a queda de mortalidade por Aids

Produção de AZT pela Fundação para o Remédio Popular tem papel chave no combate à epidemia em São Paulo

qua, 18/04/2001 - 11h48 | Do Portal do Governo

Produção de AZT pela Fundação para o Remédio Popular tem papel chave no combate à epidemia em São Paulo

No final de 1996, a Furp começou a produzir medicamentos que compõem o coquetel anti-Aids. No ano passado, esta produção chegou a 20 milhões de comprimidos do AZT e 50 mil frascos de Novodina oral. Os medicamentos são fornecidos pela Furp para o Ministério da Saúde e distribuídos conforme as necessidades de cada estado brasileiro.

A produção de anti-retrovirais no Brasil tornou-se mais intensa desde 1996, quando o país começou a importar o princípio ativo para a formulação dos remédios. Atualmente, o Brasil é destaque entre os países em desenvolvimento, por permitir o acesso ao princípio ativo e ter capacidade para produzir o medicamento, barateando o custo e ampliando a possibilidade do tratamento.

No Governo do Estado de São Paulo, o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS da Secretaria da Saúde é a sede da coordenação das ações que se referem a Aids. Hoje, presta atendimento a quatro mil pacientes. A ampliação do tratamento em todo o país resultou na queda da mortalidade entre os doentes de Aids em 50% no Brasil e 54% no município de São Paulo. Houve também uma diminuição de 80% no número de internações hospitalares e conseqüente economia de US$ 422 milhões para o país.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, José da Silva Guedes, a Furp, como o mais importante laboratório estatal da América do Sul, tem um papel fundamental desde a administração Mário Covas. ‘O Governo conseguiu garantir à população que recorre ao SUS, o acesso aos principais medicamentos.’ Guedes disse ainda que a Furp foi o primeiro laboratório público a produzir o coquetel anti-Aids em São Paulo, colaborando, inclusive, para a redução dos casos de transmissão de mãe para filho, que desde 1999 caiu 30% no Estado.

Desde 1980 já foram identificados 200 mil casos da doença, dos quais 90 mil em São Paulo. Com as novas drogas desenvolvidas e o acesso mais amplo ao coquetel anti-Aids, muitos dos soropositivos estão prolongando sua expectativa de vida, o que não ocorria nos primeiros anos da epidemia.

Hoje, o Brasil tem cerca de 100 mil pacientes em tratamento, do quais 40 mil em São Paulo. Artur Kalichsman, coordenador do CRT paulista, lembra que São Paulo foi pioneiro na distribuição de AZT nos anos 90 e explica que o papel dos laboratórios públicos no Brasil é fundamental. ‘A Furp, que é um dos maiores laboratórios públicos, tem colaborado na produção do AZT que é distribuído pelo Ministério da Saúde.’