Fundação Zerbini acata medidas do Estado para recuperar instituição

Serra declarou que as medidas adotadas pelo Conselho da Fundação oferecem condições para uma gestão administrativa melhor no futuro

ter, 27/02/2007 - 18h04 | Do Portal do Governo

O governador José Serra informou, durante coletiva concedida no Centro de Referência do Idoso da zona norte, que a Fundação Zerbini, mantenedora do Hospital do Coração (Incor), acatou as principais medidas encaminhadas pelo governo do Estado em relação a mudanças dentro da instituição. Para o governador, isso representa um passo importante para a recuperação do Instituto do Coração (Incor), que enfrenta uma séria crise financeira.

O Conselho Deliberativo da Fundação aceitou reduzir o número de funcionários administrativos que não participam do atendimento ao público em 70%. Além disso, determinou a proibição de atividades fora do Estado, como a desenvolvida no Incor de Brasília, e criou um teto salarial para enquadramento dos funcionários da Fundação Zerbini.

Serra destacou também outra mudança no estatuto da Fundação: “a nomeação de um diretor que acumule o Incor e a Fundação representará redução de gastos e melhora na gestão da instituição”.

O Conselho Deliberativo da Fundação também acatou a sugestão do governo do Estado de aumentar a participação externa. O Conselho, que é composto por 8 representantes do Incor e 4 de fora, passará a contar com 6 de cada.

Serra fez questão de ressaltar que o Estado assumirá apenas a dívida do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, mas isso depende do sucesso nas negociações. “Assumiremos a dívida com o BNDES, desde que sejam oferecidas boas condições para negociação”, afirmou o governador, que informou que o Estado já está negociando com o Banco.

O governador declarou que as medidas adotadas pelo Conselho da Fundação oferecem condições para uma gestão administrativa melhor no futuro. Ele disse que, quando assumiu em janeiro, pediu ao secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, para encaminhar ao Conselho exigências mínimas para melhorar a situação da Fundação a médio prazo. “Sem essas exigências não adiantaria nada. O governo socorre e a situação se repete daqui a um ou dois anos”, afirmou. 

André Muniz