Fundação Procon: taxas de juros apresentam queda nos últimos 12 meses

Pesquisa mensal sobre juros de empréstimo pessoal e cheque especial foi feita dia 3 de julho

seg, 16/07/2007 - 10h25 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, divulga nesta segunda-feira, 16, a pesquisa mensal das taxas de juros de empréstimo pessoal e de cheque especial para pessoa física. A pesquisa foi feita no último dia 3 de julho no HSBC, Santander Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Empréstimo pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,29% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 5,37% a.m., significando um decréscimo de 0,08 ponto percentual.

Real – alterou de 6,50% para 5,90% a.m., o que significa um decréscimo de 0,60 ponto percentual, representando uma variação negativa de 9,23% em relação à taxa de junho/07;

Banco do Brasil – alterou de 4,59% para 4,53% a.m., o que significa um decréscimo de 0,06 ponto percentual, representando uma variação negativa de 1,31% em relação à taxa de junho/07;

Bradesco – alterou de 5,55% para 5,51% a.m., o que significa um decréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,72% em relação à taxa de junho/07.

Nenhuma elevação foi constatada nas taxas de empréstimo pessoal.

Cheque especial

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,23% a.m., inferior à do mês anterior que foi de 8,29% a.m., significando um decréscimo de 0,06 ponto percentual.

Unibanco – alterou de 8,99% para 8,39% a.m., o que significa um decréscimo de 0,60 ponto percentual, representando uma variação negativa de 6,67% em relação à taxa de junho/07;

Banco do Brasil – alterou de 7,64% para 7,60% a.m., o que significa um decréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,52% em relação à taxa de junho/07;

Bradesco – alterou de 7,99% para 7,95% a.m., o que significa um decréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,50% em relação à taxa de junho/07.

Os demais bancos mantiveram as taxas de cheque especial.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com esse prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Queda nas taxas

Em comparação aos meses anteriores, neste mês a pesquisa da taxa de juros do Procon-SP revelou quedas mais acentuadas nas taxas médias, tanto do empréstimo pessoal quanto do cheque especial. Foram as maiores variações negativas mensais registradas nos últimos doze meses.

Além da queda das taxas médias, observou-se que um número significativo de bancos promoveu a redução de as taxas. Dos dez bancos pesquisados, cinco baixaram as taxas do empréstimo pessoal e três baixaram o cheque especial. Não houve elevações.

Na reunião de junho do Copom (ocorrida nos dias 5 e 6), a taxa Selic novamente sofreu uma redução de 0,50 ponto percentual, passando de 12,50% para 12% ao ano. Foi a 16ª redução seguida na taxa básica, que está em queda desde setembro de 2005.

Apesar da queda da Selic, das medidas do governo para incentivar a concorrência bancária e da resposta positiva por parte do mercado, os “spreads” (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos no mercado e o que cobram do consumidor) ainda continuam altos.

A procura por novos empréstimos, no entanto, continua crescendo. Dessa forma, o consumidor deve utilizar qualquer modalidade de crédito de forma consciente, evitando contratações por impulso. As taxas de juros de empréstimo pessoal costumam ser maiores para prazos de financiamento mais longos.

Quem pretende contratar o cheque especial deve ficar atento, pois o custo dessa contratação é composto pelos seguintes itens: tarifa de cadastro (cobrada periodicamente a cada renovação do cheque especial) e tarifa de manutenção da conta. Ao utilizar o limite de crédito, o consumidor tem que pagar também o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a TAC (Tarifa de Abertura de Crédito), a CPMF cobrada semanalmente sobre o saldo devedor, além de arcar com uma das maiores taxas do mercado.

Da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania