Seis adolescentes que cumprem ou cumpriam medida socioeducativa de internação em seis centros socioeducativos da Fundação Casa na capital e no interior receberam menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) de 2019. A competição foi promovida pelo Instituto Nacional de Matemática Aplicada (IMPA) em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
Entre os mais de 18,1 milhões de estudantes de 45,8 mil escolas públicas e particulares inscritos, os jovens da Fundação Casa ficaram entre os 42.432 alunos de escolas públicas certificados com menção honrosa. A OBMEP distribuiu 55.660 premiações para estudante de unidades de ensino públicas e particulares, entre medalhas de ouro, prata e bronze e menções honrosas, o que representa 0,03% do total de participantes.
Entre os premiados da instituição está uma garota que cumpre medida de internação no CASA Feminino Cerqueira César, na cidade do interior de São Paulo. É a primeira jovem da Fundação premiada desde ao menos 2016.
Os outros jovens certificados, todos do gênero masculino, cumprem ou cumpriram medida socioeducativa nos seguintes centros: Casa Nogueira, no Complexo Raposo Tavares, na cidade de São Paulo; Casa Atibaia; Casa Três Rios, em Iaras; Casa São José do Rio Preto; e Casa Tanabi.
Etapas
Assim como todos os outros alunos, os adolescentes participaram das duas fases da competição: a primeira, ocorrida no dia 21 de maio do ano passado, com a prova objetiva; e a segunda, com prova discursiva em 28 de setembro.
Os participantes foram divididos em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade: “nível 1”, para aqueles que estão no 6º ou 7º ano do Ensino Fundamental; “nível 2”, para os que estudam o 8º ou 9º anos do Ensino Fundamental; e “nível 3”, para quem está no Ensino Médio.
Em 2019, a Olimpíada completou a 15ª edição e foi realizada com recursos dos ministérios da Educação (MEC) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
A educação escolar na Fundação Casa é realizada em parceria com a Secretaria do Estado da Educação, com coordenação da Gerência de Educação Escolar (Gesc) da Fundação.
Os adolescentes têm aulas regulares, em salas multisseriadas, conforme o calendário e material didático da rede pública estadual. Cada jovem da internação é formalmente matriculado em uma escola da rede pública, chamada de escola vinculadora, e os professores ministram as aulas nas salas multiuso dos centros socioeducativos.