A renovação tem como principal objetivo facilitar a localização e identificação dos metroviários nas instalações do Metrô. Para isso, as novas peças foram confeccionadas por meio de padronagens especiais e faixas de cor vibrante na altura dos ombros, o que garante maior visibilidade. A aplicação de faixas refletivas nas blusas e calças, além da incorporação de cinto dupla-face com um dos lados refletivos, atende aos requisitos previstos na norma NBR 15.292 da Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT e possibilita maior segurança no caso de acesso à via ou à área de baixa luminosidade.
Diferente do conceito fashion, o conforto e o bom caimento são as características fundamentais dos novos uniformes, que contam com tecidos mais resistentes e termicamente confortáveis, alterações que procuram atender a solicitações dos empregados quanto à melhoria na comodidade e na modelagem das roupas. No entanto, a elegância não ficará de lado novas cores e elementos estilizados como bolsos e cintos compõem um visual moderno e, ao mesmo tempo, funcional. Afinal, os uniformes são o cartão de visita das companhias e o Metrô de São Paulo quer, cada vez mais, estreitar o relacionamento com seus clientes.
História dos uniformes no Metrô
Os primeiros uniformes dos empregados de estação e tráfego foram implantados em 1974, com o início da operação do Metrô, e permaneceram até 1989. As peças traziam a composição vinho e bege, em sintonia com as tendências da moda na década de 70. A calça vinho era realçada pela “boca larga” ou pantalona, modelagens que se tornaram referência para outras épocas. A camisa, da cor bege, ficava mais ajustada ao corpo e tinha os colarinhos mais longos.
A primeira mudança, em 1989, ocorreu porque o tecido utilizado na confecção do vestuário apresentava alto percentual de poliéster em sua composição, fator que comprometia o conforto dos empregados. Além disso, o design do uniforme já não era mais adequado e as empresas de tecidos já não possuíam em cartela as cores vinho e bege para fornecimento.
O Metrô selecionou quatro alternativas de combinação calça/camisa e realizou pesquisa entre os empregados para selecionar a melhor versão. Ficaram, então, definidas as cores verde-claro, na camisa, e cinza, na calça. Nessas mudanças, apenas os funcionários de estação e tráfego tiveram as cores dos uniformes alteradas. Os agentes de segurança mantiveram o uniforme preto.
Estilistas da Companhia
No Metrô há uma área responsável pelos estudos e pelo desenvolvimento dos uniformes, entre outras atividades, mas no quesito design de uniformes podemos compará-la a um ateliê.
Na Coordenação Técnica são seguidas diversas premissas para o desenvolvimento do uniforme, a principal delas é a melhor identificação dos empregados pelos usuários. Além disso, outros fatores são levados em consideração no momento da criação, como a necessidade de atendimento à legislação e às características das atividades exercidas pelos empregados tudo isso para garantir conforto e facilidades.
A escolha do tecido é uma etapa muito importante. Com a tecnologia têxtil disponível no mercado atualmente, foi possível escolher um tecido de trama reforçada para calça e jaqueta, com tratamento repelente à água. Para a camisa foi acrescentado um percentual de algodão na composição, o que melhora o conforto térmico, mas ainda garante o caimento e a durabilidade da cor. A jaqueta de inverno foi confeccionada em náilon transpirável, impermeável e leve, com forro destacável.
Peças
Todos os cargos de estação e tráfego receberão a mesma quantidade de peças. São quatro camisas, três calças, duas jaquetas (sendo uma de náilon) e um cinto dupla-face. Foram aumentadas, em uma peça, as quantidades de calças e camisas em relação ao uniforme atual.
As cores da calça e da jaqueta tiveram o tom cinza mais escurecido. A camisa com listras na cor azul institucional permite maior associação com a identidade do Metrô, além de garantir melhor destaque e contraste com as faixas refletivas, obrigatórias na região dos ombros. Também foi modificada a cor da jaqueta de inverno (em náilon) para a cor azul institucional, diferenciando-a da jaqueta mais leve.
Os funcionários do Metrô seguem um procedimento para a retirada dos uniformes, que é realizado pela Gerência de Logística. Para essa renovação, uma estratégia especial foi montada a fim de atender o prazo de troca.
Participação dos Funcionários
Os funcionários participaram do estudo para o desenvolvimento do novo uniforme e apontaram algumas alterações em relação ao uniforme atual. As principais sugestões partiram das funcionárias, que solicitaram modelagem específica para mulheres.
Para atender os pedidos, o Metrô desenvolveu desenhos e cortes diferenciados para o público feminino, com camisas de cintura mais marcada e maior comprimento, para uso por fora da calça. A incorporação de elástico na cintura das calças proporciona maior conforto nos movimentos e os bolsos adicionais servem para porte de objetos de apoio a primeiros socorros, modificações estas adotadas nas calças masculinas e femininas.
Do Metrô
(M.C.)
