Funcionários do HC perdem cinco toneladas com projeto

Mais de 1 900 funcionários empenhados na mesma missão

ter, 19/06/2007 - 14h39 | Do Portal do Governo

Mais de 1 900 funcionários empenhados na mesma missão: subtrair as gordurinhas a mais e consequentemente aumentar a auto-estima dos participantes. O resultado dessa equação: cinco toneladas a menos nos corredores do Hospital das Clínicas – o maior da América Latina, encarregado pelo programa que recebeu o nome de “Calorias Inteligentes”, lançado o ano passado.

Quinze meses se passaram desde a implantação do projeto e a média de redução de 2,6 quilos por funcionário motivou um novo encontro ao meio dia desta terça-feira, 19, com objetivo de atualizar o ranking de perdas. O nome do espaço escolhido para a primeira interação não poderia ser mais sugestivo: Praça da Esperança. O evento serviu de oportunidade para que todos conhecessem de perto os mais bem sucedidos na campanha, encerrada três meses antes da previsão inicial devido ao sucesso obtido.

E os ponteiros da balança trabalharam em favor de alguns funcionários de maneira especial. É o caso do diretor de serviços João Dorival Mathias Paulino, 43. Ele perdeu 30 quilos no período e ainda permanece na ânsia de atingir uma meta estipulada na primeira entrevista com uma nutricionista. “Faltam dez”, confessa João Dorival que mudou hábitos alimentares, recorreu aos exercícios físicos e adotou a palavra determinação como principal de seu vocabulário.

Desde que passou pela primeira triagem, algumas coisas mudaram na vida de João Dorival, antes com 120 quilos. A reeducação alimentar atrelada a três horas por semana de caminhadas, abdominais e pedaladas de bicicleta é um exemplo dessa nova performance. Ele recorda que uma das modificações foi o abandono do uso de medicamentos para dor de cabeça. A má alimentação, constataram os médicos, provocava a indisposição. “Perdi dois quilos na primeira semana do tratamento”, diz.

Nesse tempo todo, um dos maiores obstáculos enfrentados por João Dorival ocorreu entre os meses de outubro e fevereiro deste ano. Isso porque o ponteiro da balança insistia em permanecer cravado em 97 quilos. “Foi um período difícil, mas mantive a dieta”, recorda. A partir daí, João Dorival começou a ver os números entrarem em queda, até chegar aos atuais 90 quilos.

Assim como João, pelo menos outros setes funcionários reduziram seus pesos em até 25 quilos.

Bom exemplo

O foco do projeto é combater diretamente problemas causados pelo excesso de peso, como as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e a insônia.

Além de palestras e seminários, na primeira fase do projeto, os participantes receberam tabelas com gráficos e uma caderneta de anotação. Ali, todos anotavam semanalmente o consumo diário de alimentos, bem como a caloria de cada item consumido.

“A obesidade é uma questão de saúde pública e precisa ser tratada com seriedade”, alerta o coordenador do projeto, Haino Burmester, acrescentando que cerca de 20% dos funcionários da unidade participaram do projeto. Com o sucesso, Burmester adiantou que o projeto será mantido para que novos funcionários possam ter acesso.

Ele explica que o próximo passo será divulgar o êxito conquistado em casos como o do João Dorival, e transformar esses exemplos em verdadeiros espelhos de incentivo para que outras pessoas resolvam aderir ao projeto. “De agora em diante vem o efeito vitrine”, prevê Haino.

Cleber Mata