O principal problema para a atual falta de energia é a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, fonte geradora de quase toda energia elétrica do País, que por causa da falta de chuvas estão com 30% de sua capacidade, quando deveriam estar com 50%. Soma-se a isso, a falta de investimentos na área de transmissão e o aquecimento da economia, que aumentou o consumo. O Estado de São Paulo praticamente já esgotou sua possibilidade de gerar energia por meio dos rios, então, a solução é buscar fontes alternativas. Uma delas é a construção de usinas termoelétricas, uma vez que a oferta de gás só tende a aumentar com o gasoduto Bolívia-Brasil.
Em São Paulo, já está em curso a instalação de sete novas usinas termoelétricas com recursos da iniciativa privada. Nos municípios de Cubatão, Paulínia e Santa Branca, as três novas usinas vão gerar juntas 2,5 mil megawatts. Os investimentos devem chegar a US$ 1,8 bilhão. A Usina de Cubatão vai gerar, numa primeira etapa, 240 megawatts, que já poderia estar operando se não fosse uma questão ambiental pendente, chegando a 900 megawatts posteriormente. A de Paulínia vai gerar 600 megawatts e a de Santa Branca mil megawatts. Outras quatro termoelétricas serão na região do ABC, com investimentos de US$ 1 bilhão e geração de 2 mil megawatts. A primeira delas deve entrar em funcionamento em 2002, em São Bernardo do Campo, com capacidade de gerar 500 megawatts.
Simão Molinari
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