Campos do Jordão – A construção de moradias para os desabrigados que não terão condições de voltar para as suas casas foi o principal assunto da entrevista aos jornalistas, que estão acompanhando o governador Mário Covas na visita às áreas mais atingidas pelas chuvas em Campos do Jordão. Covas esteve no Morro do Britador, principal foco de desmoronamentos, no bairro Santo Antônio e na Vila Albertina, também consideradas áreas de risco. Nesse momento, o governador está na Escola Estadual Theodoro Correia Cintra, um dos 12 locais improvisados para receber os desabrigados.
‘O problema aqui é a disponibilidade de terrenos, portanto, acho que teremos de construir apartamentos ao invés de casas e, se isso for feito em mutirão, as pessoas vêem a solução definitiva e podem suportar um pouco mais esta situação desfavorável’, disse Covas, que determinou, por telefone, ao presidente da CDHU, Goro Hama, que enviasse técnicos da empresa para identificar áreas, em parceria com a Prefeitura Municipal, onde possam ser erguidas novas moradias. ‘Eles só vão sair daqui quando resolverem o problema’, garantiu o governador.
Segundo Covas, muitos dos desabrigados das áreas de risco não têm a mínima condição de retornar às suas casas. ‘No meu entendimento várias casas não poderão ser reconstruídas. O mais lógico é então resolver o problema definitivamente.’ De acordo com Goro Hama, o prefeito Oswaldo Gomes da Silva Filho está empenhado em identificar terrenos para que a CDHU possa agilizar a construção das unidades para os desabrigados.
Campos do Jordão é o município paulista que mais sofreu com as últimas chuvas. Contabiliza 1.500 desabrigados e sete vítimas fatais, seis delas por soterramento e uma por afogamento.
(Flash 14h50) – Covas propõe mutirão para construir moradias para desabrigados
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