São Paulo – Em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, o governador Mário Covas disse que respeita a manifestação dos professores e que é simpatizante ao movimento, mas não tem como pagar o reajuste reivindicado pela categoria. “Aqui se gasta 20% da receita a mais do que qualquer outro Estado ou município”, ressaltou. Covas elogiou a secretária da Educação, Rose Neubauer, que vem enfrentando com galhardia os protestos em frente a Secretaria da Educação, e afirmou que em São Paulo a Educação recebe mais dinheiro do que no restante do país. Com relação às críticas à aprovação automática, Covas destacou que ela foi implantada por meio da Lei de Diretrizes de Base, quando Luiza Erundina era prefeita de São Paulo. “O resultado se deu na permanência da criança na escola. A evasão caiu de 10% para 3%”, afirmou o governador. Ainda sobre este assunto a secretária Rose Neubauer questionou porque os professores não se manifestaram quando a ex-prefeita Luiza Erundina o implantou. “Quando a Erundina implantou ninguém percebeu porque parece que daí, o PT não tinha interesse de se mobilizar politicamente contra os outros partidos. Agora, só quando são outros partidos que não servem?”, indagou. O balanço foi feito durante a assinatura do protocolo de intenções entre a Secretaria da Educação e o grupo Telefônica, que vai ampliar o uso da Internet nas escolas públicas do Estado. Sobre este projeto, o governador falou que os alunos terão um acesso mais rápido à Internet. “Eles poderão acessar de forma mais eficaz e eficiente, como vem sendo feito no mundo”, disse. O governador destacou ainda a colaboração do grupo Telefônica em várias áreas e a grande participação do governo federal no setor da Educação, que possibilitou ao Estado contar com uma rede de ensino mais eficiente, em função desse convênio.
Valéria Cintra / Rogério Vaquero
