Os pacientes do Hospital Emílio Ribas viveram uma tarde diferente no último sábado, 31. Brinquedos, oficinas e muitas guloseimas, como pipoca e algodão doce, animaram a tradicional festa de Páscoa, que teve ainda palhaços e narração de histórias. Cerca de 600 crianças com Aids e outras doenças infecciosas participaram do evento, que acontece há 31 anos no hospital.
Uma das 120 voluntárias que realizaram a festa, a contadora de histórias Edi Garrido de Oliveira, considera o resultado surpreendente. “Eventos como esses são melhores que remédio. São bons para as crianças e para nós, pois ver esses sorrisos não tem preço”, diz ela, que há 13 anos participa como voluntária das festas infantis organizadas pela capelania do Emílio Ribas e pela equipe de humanização do hospital.
A mãe Margarete Brasileiro Conceição conta que sua filha Samara, de dez anos, adora as festas do hospital. “Ela está internada há oito anos, desde que foi diagnosticada com meningite pneumocócica, e há três frequentamos as festas”, conta. “É um dia especial, pois não há só médicos.”
O coordenador da festa e capelão do hospital, Padre João Inácio Mildner, acredita que o evento contribui para o desenvolvimento das crianças. “Uma festa como essa é muito importante para as crianças em tratamento, pois oferece um espaço lúdico e dá vida e esperança a cada uma delas.”
Cada criança pode levar um amigo para a festa, criando um ambiente igualitário. “Elas precisam entender que a doença não as torna diferentes, pois elas são seres humanos assim como os amigos e os parentes que aqui estão”, disse Mildner. Todas as crianças receberam kits com ovos de Páscoa, doces e frutas.
Do Portal do Governo de São Paulo
