Fernando Henrique e Alckmin acompanham início da Operação Porta-Aviões São Paulo

Navio será responsável pela segurança de uma área correspondente a 42 milhões de quilômetros quadrados

sáb, 28/04/2001 - 15h04 | Do Portal do Governo


Navio será responsável pela segurança de
uma área correspondente a 42 milhões
de quilômetros quadrados

A vigilância da área marítima do país passará a ser feita pelo Porta-Aviões São Paulo – o A-12 – que substitui o antigo Minas Gerais. A cerimônia de transferência de subordinação do navio para o Setor Operativo da Marinha foi realizada a bordo, em Santos, na manhã deste sábado, dia 28, com as presenças do presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador Geraldo Alckmin e do ministro da Defesa, Geraldo Quintão.

O porta-aviões chegou a Santos escoltado pelas fragatas ‘Niterói’ e ‘Rademaker’, trazendo a bordo o presidente Fernando Henrique que embarcou, na tarde de ontem (27) de helicóptero, quando o A-12 já estava em alto-mar na costa brasileira. Afirmando que o nome dado ao porta-aviões expressa o sentimento de integração nacional e que pretendia fazer essa cerimônia com a presença do governador Mário Covas, Fernando Henrique disse: ‘Com a mesma alegria o faço com a presença de quem o sucede de modo admirável’. O presidente falou ainda sobre a importância da aquisição do novo equipamento que agrega ao poder naval do Brasil importante ampliação de sua capacidade de defesa dos interesses brasileiros no mar. ‘Um país com o nosso Litoral requer um poderio naval à sua altura. Somos uma nação que luta pela paz, o que não significa que podemos prescindir de uma capacidade militar moderna’, ressaltou.

O fato de o navio levar o nome de São Paulo também foi destacado pelo governador Geraldo Alckmin como ‘uma honra a todos os paulistas’ e recebeu dele a comparação entre o Estado e o A-12: ‘O Estado de São Paulo é um pólo de alta tecnologia comparável à que é utilizada no A-12’. Dirigindo-se ao presidente Fernando Henrique, o governador observou: ‘Ao pisar neste convés, senti que sou mais brasileiro ainda por estar num território brasileiro ainda desconhecido para mim’.

O A-12 é o terceiro navio da Marinha que leva o nome do Estado de São Paulo, disse o ministro de Defesa, Geraldo Quintão. ‘O primeiro foi usado em 1865, na guerra do Paraguai, e o segundo foi um encouraçado que defendeu o Brasil nas duas guerras mundiais, desativado em 1947 em conseqüência de avarias’, explicou.

O capitão-de-fragata, José Luiz Rubens Filho, responsável pelas operações do equipamento, informou que brevemente o ‘São Paulo’ entrará em ação: ‘Até a metade deste ano ele deverá estar em completa atividade operando já com as aeronaves embarcadas’.

Adquirido pela Marinha junto ao Governo francês, o ‘São Paulo’ será responsável pela segurança de uma área de, aproximadamente, 4,2 milhões de quilômetros quadrados, espaço equivalente à área da Amazônia legal. Com 266 metros de pista no convés de vôo, 51,2 metros de largura e 2.500 toneladas, o navio terá inicialmente uma tripulação de 1.291 militares, entre oficiais e praças. Esse número irá subir para 1.800, quando forem embarcados os 27 aviões e dois helicópteros que farão parte do programa de vigilância. Os novos integrantes designados a operar as aeronaves serão treinados de acordo com os padrões de capacidade exigidos pela Marinha brasileira.

Segundo informações da Marinha, as características de velocidade de 32 nós (55 quilômetros) por hora, as dimensões e a alta tecnologia empregadas no A-12 permitirão operações aéreas mais seguras e eficazes. O ‘São Paulo’ possui ainda duas catapultas para impulso dos aviões e dois elevadores que deslocam as aeronaves do hangar ao convés de vôo.

Também participaram do evento o secretário de Comunicação da Presidência, Andrea Matarazzo, o secretário de Ciência e Tecnologia, José Aníbal, e o secretário de Comunicação, Oswaldo Martins.