Febre amarela: SP intensifica prevenção contra doença

Vacina está disponível na rede pública e deve ser tomada 10 dias antes de viagens para áreas de risco

seg, 19/12/2016 - 17h35 | Do Portal do Governo

Para reforçar a proteção contra a febre amarela em São Paulo, as secretarias da Saúde e do Meio Ambiente definiram estratégias conjuntas para orientar e intensificar medidas preventivas à população.

Um fluxo específico de notificação foi estabelecido entre as duas pastas para garantir maior agilidade na identificação de possíveis casos. A Secretaria do Meio Ambiente manterá sob acompanhamento as unidades de conservação, a fim de identificar brevemente qualquer epizootia (situação de adoecimento ou óbito de primatas não humanos, como macacos, saguis e bugios).

Caso seja detectada a presença de animais doentes ou mortos, a pasta notificará o plantão médico do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Este, por sua vez, acionará os profissionais para coleta de material a ser destinado à análise laboratorial para confirmação diagnóstica.

A secretaria também auxiliará na disseminação de orientação aos visitantes das unidades de conservação quanto à imunização. Ambas as secretarias recomendam que o público utilize repelentes e não alimente os animais do local.

Em demais áreas verdes e espaços públicos as medidas de prevenção competem primordialmente aos municípios, conforme preconiza o SUS (Sistema Único de Saúde).

Além disso, todos os Grupos de Vigilância Epidemiológica foram alertados a redobrar a vigilância em sua região, visando à detecção precoce de eventual circulação do vírus da febre amarela.

Sobre a febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por meio da picada de mosquitos infectados, podendo afetar humanos e animais, como primatas. Há duas formas distintas: silvestre e urbana, sendo a última a mais grave em aspectos clínicos e de disseminação.

Os principais sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, fadiga, náuseas e vômitos. As manifestações clínicas incluem insuficiência hepática e renal, podendo evoluir para óbito. Desde 1942, não há registro de transmissão urbana no Brasil.

Imunização

Como a imunização é a principal forma de evitar a infecção pela doença, a proteção é fundamental, sobretudo para pessoas ainda não vacinadas ou que receberam apenas uma dose há mais de dez anos.

Para reforçar os estoques dos postos, o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo distribuiu, nesta semana, uma grade extra com 235 mil doses para todo o Estado.

O principal alerta é destinado aos viajantes, que devem tomar a vacina 10 dias antes da viagem, no mínimo – sobretudo aqueles com destinos turísticos para áreas de risco de infecção, como regiões silvestres, rurais ou de mata.

A vacina também é indicada para toda a população residente em áreas de risco a partir dos nove meses de idade, com a administração de dose de reforço aos quatro anos.

Devido aos casos silvestres constatados no interior de São Paulo neste ano, é recomendada a imunização a partir de seis meses de idade nas regiões onde houve epizootias: São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Barretos.

A aplicação deverá ser avaliada por médicos para pessoas com 60 anos ou mais, mulheres que estejam amamentando, pacientes com imunodeficiência e com outras patologias. A vacina é contraindicada para gestantes.

Do Portal do Governo do Estado