O internato Parada de Taipas abriga 65 meninas de 14 a 21 anos reincidentes médias ou infratoras primárias, que cometeram delitos como furto, roubo e tráfico de drogas. A maior parte (70%) veio do interior e da Grande São Paulo.
A instituição oferece 23 oficinas, entre elas profissionalizantes para formação em texturização de paredes, copeiro, lancheiro (em parceria com o Centro Paula Souza), tear, pelo Senai, bijuterias, costura, projeto Guri (educação musical para coral e orquestra de cordas) e dança de rua. Além disso, as alunas cursam ensino fundamental e médio.
As atividades são acompanhadas de regras de disciplina e ocorrem de segunda-feira a sábado. Em média, cada menina participa de três a quatro oficinas por dia, sendo pelo menos uma atividade profissionalizante, uma cultural e uma profissionalizante. Elas permanecem na unidade durante cerca de seis meses, quando primárias, e oito meses, no caso de reincidentes.
O Parada de Taipas possui 60 funcionários, que atuam nas áreas de pedagogia, segurança, técnica e administrativa. Esse é um dos três internatos femininos da Febem. Os outros dois se localizam na Mooca, zona leste da cidade.
Futura jornalista exercita profissão
Ao saber da presença da equipe de reportagem na unidade, C.D.R., 18 anos, se apresentou para mostrar o jornal chamado IPT News, que ela produz na unidade. O nome da publicação faz referência ao Internato Parada de Taipas (IPT). A garota concluiu o ensino médio, disse que gosta muito de ler e sonha em cursar Jornalismo.
A quarta edição do periódico aborda as atividades internas e externas da unidade, entre as quais as apresentações de dança do ventre no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, do coral, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, street dance, numa escola pública, e Olimpíadas da Febem, no Ginásio do Ibirapuera.
Da Agência Imprensa Oficial
