Fazenda experimental de bovinos da Apta é certificada

Órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento realiza pesquisa com gado de corte

sex, 23/05/2008 - 17h31 | Do Portal do Governo

A fazenda experimental da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Estado, em Andradina, é a primeira de gado de corte em São Paulo a ser certificada como Estabelecimento de Criação Monitorada de Brucelose e Tuberculose pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Essa certificação é fruto do esforço conjunto dos pesquisadores das unidades de pesquisa do Pólo Apta Extremo Oeste (Andradina e Araçatuba) e do apoio técnico de pólos adjacentes, além do Instituto Biológico (IB/Apta/SAA) e do Instituto de Zootecnia (IZ/Apta/SAA).

Essa unidade da Apta, com aproximadamente mil cabeças, tem como atividade principal a pesquisa com bovinos de corte, mas está ampliando suas ações em ovinocultura, bovinocultura leiteira, eqüídeocultura, cana-de-açúcar, agricultura familiar (quiabo, feijão, milho e mandioca) e integração agricultura-pecuária.

A qualidade sanitária de animais atestada pela certificação trará reflexos no desenvolvimento de projetos de pesquisas que envolvem o rebanho bovino, com foco em melhoramento genético, nutrição animal ou reprodução. “Também garantimos maior segurança aos pesquisadores e funcionários que se envolvem com os animais, minimizando os riscos de contraírem essas doenças”, diz o diretor da unidade da Apta em Andradina, João Demarchi.

Como a primeira área certificada do Estado, espera-se também estimular a busca da sanidade junto ao setor produtivo. Para Demarchi, a Apta pode contribuir com a conscientização dos produtores sobre a necessidade de erradicação dessas doenças, que representam riscos à saúde pública. “Como Estado, seremos exemplo e esperamos incentivar um maior número de produtores a buscar essa qualidade dos seus produtos, tanto leite como carne, lembrando que a qualidade é uma exigência do mercado consumidor”, afirma.

Estão sendo planejados eventos para divulgar a certificação e sua relevância. “A certificação trará qualidade à bovinocultura de corte e com isso contribuímos para o Programa de Estado Risco Sanitário Zero”, considera o coordenador da Apta, João Paulo Feijão Teixeira.

A certificação de propriedades monitoradas é de adesão voluntária e restringe-se às de pecuária de corte, onde os testes para diagnósticos de tuberculose e brucelose são realizados por amostragem. Se na amostra não forem detectados animais positivos, a propriedade recebe o atestado de monitorada para brucelose e tuberculose. Se forem encontrados reagentes positivos, os animais não incluídos na amostragem inicial devem ser submetidos ao teste e o processo se reinicia. Todos os animais positivos são sacrificados. Após essa etapa, a propriedade recebe o certificado de monitorada. Para pecuária leiteira a adesão também é voluntária, mas todo o rebanho é analisado e as propriedades são certificadas como livres e não apenas monitoradas.

Da Secretaria da Agricultura e Abastecimento

(I.P.)