Fapesp financia laboratório para aprimorar conforto em aviões

Centro de Engenharia de Conforto (CEC), na Poli-USP, reproduz sensação real de voo

dom, 15/04/2012 - 11h24 | Do Portal do Governo

 

Nas dependências da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) existe hoje o Centro de Engenharia de Conforto (CEC), o mais moderno equipamento do mundo com o objetivo de aumentar o conforto de passageiros de aviões. Com um modelo em tamanho real de 30 assentos instalado em um laboratório com mais de 500 m², o CEC simula todas as funcionalidades necessárias como vibração, temperatura, pressão, e iluminação em aeronaves de qualquer porte.

O laboratório, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é resultado de parceria entre a Embraer, a USP, a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O equipamento reproduz um aeroporto, com sala de embarque, painéis de chegada e partida de voos e rampa de acesso ao simulador. 

Um laboratório parecido está em operação no Instituto Fraunhofer, na Alemanha. Segundo o Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli e coordenador do projeto, Jurandir Itizo Yanagihara, o CEC brasileiro “tem características modernas que permitem ensaios térmicos, mudanças de temperatura, controle de umidade, ruído, vibração e iluminação, além da possibilidade de análise de atividades com uma série de microcâmeras”.

O objetivo é garantir o mais absoluto conforto para os passageiros de aviões. Os testes, que têm início neste mês, vão trazer resultados iniciais para voos domésticos, com simulações de três horas, que contam até com duas comissárias de bordo. Futuramente, também haverá estudos de voos internacionais.

Atualmente, o CEC já conta com 3 mil voluntários inscritos. A intenção é que o número chegue a 5 mil. Serão chamados participantes habituados a viagens aéreas. Também são importantes para o estudo pessoas de várias estaturas e até cor de olhos diferentes por causa da luminosidade da aeronave. “Desenvolvemos modelos para prever o desconforto, por isso queremos opiniões”, destaca o professor Yanagihara.

Voluntários interessados em participar dos testes podem se cadastrar clicando aqui.

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