Fapesp e instituição alemã têm parceria produtiva na área de Química

Um acordo de colaboração entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) possibilitou a realização da […]

sex, 31/08/2018 - 8h29 | Do Portal do Governo

Um acordo de colaboração entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) possibilitou a realização da chamada FAPESP-DFG Joint Workshops 2017. Em agosto, as duas instituições promoveram o workshop “New Light on Monitoring Chemical Reactions”, na cidade de Kiel, na Alemanha.

O evento abordou as telas coloridas de smartphones, TVs, tablets e outros dispositivos, cada vez mais presentes no dia a dia, que dependem de materiais com propriedades especiais, sejam luminescentes, magnéticos ou com condutividade elétrica particular. Os especialistas debateram como atuam os mecanismos durante a formação desses novos materiais e como podem ser melhorados os processos de transformação de matéria-prima em produtos.

“Foram dias bastante produtivos, com muitas trocas de informações científicas para trabalhos futuros”, avalia o professor Hermi Felinto de Brito, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e um dos organizadores do encontro, em entrevista à Agência Fapesp.

Participação

Entre os 40 pesquisadores e pós-graduandos presentes dos campos da Química, Física e Engenharia, 16 eram brasileiros de diversas instituições do Estado de São Paulo, como da USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

“Nossos dispositivos estão se tornando cada vez menores e mais potentes. Por isso, precisamos desenvolver novos materiais para o futuro”, afirma a brasileira radicada na Alemanha Huayna Terraschke, pesquisadora do Instituto de Química Inorgânica da Christian-Albrechts-Universität (CAU) e uma das organizadoras do evento.

“O que acontece no nível químico durante a síntese desses materiais ainda não foi esclarecido para a maioria deles. Se aprendermos mais sobre seus processos e mecanismos fundamentais, poderemos, por exemplo, fabricar baterias e dispositivos de armazenamento mais eficientes no futuro”, explica o professor Wolfgang Bensch, diretor do Instituto de Química da universidade alemã.

Vale destacar que os pesquisadores brasileiros também participaram de uma visita técnica a um laboratório na cidade de Hamburgo para observar alguns dos métodos de análise. Como parte do acordo de colaboração bilateral Brasil-Alemanha, haverá outro workshop, no Brasil, a ser sediado no Instituto de Química da USP, entre 4 e 6 de dezembro deste ano.