Exposição marca centenário da imigração japonesa no Brasil

Mostra abre nesta quinta-feira, 5, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul da capital

qua, 05/03/2008 - 8h10 | Do Portal do Governo

A partir desta semana, será possível ver uma parte da história do Japão sem sair de São Paulo. Será inaugurada nesta quinta-feira, 6, por volta de 15 horas, a exposição de maquetes Templos e Palácios Japoneses, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul da capital.

Na ocasião, também será lançado o site paulista da Imigração Japonesa. O evento faz parte do calendário estadual de comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

A exposição

As delicadas peças reproduzem em detalhes castelos, templos, santuários, as ruínas de um palácio, o portal de um antigo palácio e um memorial, construídos entre os séculos V e XVII. A exposição conta com 15 maquetes pertencentes ao Consulado do Japão em São Paulo, exibidas em torno de um jardim japonês criado especialmente para a mostra.

Entre as obras destaca-se a reprodução do santuário xintoísta Itsukushima, erguido no século VI, na ilha com o mesmo nome, localizada na província de Hiroshima. Por abrigar o santuário dedicado às deusas guardiãs do mar, a ilha é considerada sagrada. Também chama a atenção a maquete que representa o templo budista Horyuji, cuja construção, que data do ano de 607, ainda conserva parte de sua madeira original.

Considerado o maior e mais belo castelo japonês, o Himeji, localizado na cidade de mesmo nome, na Província de Hyogo, também está presente na exposição. Sua construção teve início no ano de 1346 e só foi finalizada em 1609, período em que a atual torre principal foi construída. Vale à pena prestar atenção à reprodução fiel das extremidades do telhado da torre principal, decoradas com duas criaturas míticas com cabeça de dragão e corpo de peixe, que simbolizavam o poder do senhor do castelo e protegiam contra incêndios, de acordo com a crença da época.

Portal Shureinomon

Outra obra que atrai pela história é o Portal Shureinomon. A peça era um dos portões do Castelo de Shuri, sede da Dinastia de Ryukyu, que reinou de 1429 a 1879. O portal foi restaurado em 1958, após um incêndio, e atualmente fica na entrada da cidade de Shuri, na Província de Okinawa.

Considerado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, maquete a Genbaku Dome, ou Cúpula da Bomba Atômica, emociona. Localizada em Otemachi, perto da Ponte Aioi, em Hiroshima, que foi aproximadamente o epicentro da explosão atômica de 6 de agosto de 1945, é o único edifício atingido pela bomba atômica que ainda existe. Na maquete é possível ver uma construção totalmente devastada. A parte de cimento foi queimada e, em alguns pontos, derretida, deixando o esqueleto da estrutura de aço exposto. Na frente, um cofre de pedra com os nomes das vítimas que estão no interior do mausoléu, exibe o epitáfio: “Repousai em paz, pois o erro não será repetido”. 

Além das maquetes, a exposição conta também com gravuras dedicadas aos ”50 anos da Bomba de Hiroshima” (1945/1995). São obras de artistas como Tomie Ohtake, Carla Petrini, Renina Katz e outros que foram doadas ao Acervo dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo em 1996.

Crônica da Grande Paz

E outras cerca de 30 xilogravuras japonesas do século XVII, entre elas algumas baseadas no Taiheiki (Crônica da Grande Paz), que retratam os 50 anos em que duas cortes imperiais rivais lutaram pelo poder no Japão. São cenas de batalhas entre samurais. As obras também pertencem ao Acervo do Estado.

A exposição pode ser vista até 8 de junho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 16h. Todas as visitas serão acompanhadas por monitores. A entrada é franca.

SERVIÇO:

Exposição de maquetes Templos e Palácios Japoneses

Abertura: quinta-feira, 6 de março de 2008, às 15h

Local: Palácio dos Bandeirantes – Avenida Morumbi, 4.500 – mesanino

Informações: (11) 2193-8282

Agendamento Eletrônico: www.acervo.sp.gov.br

Visitas: de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h sempre em horas cheias.

Sábados, domingos e feriados, das 11h, às 16h, sempre em horas cheias

Todas as visitas são acompanhadas por monitores.

Entrada franca.

Cíntia Cury