Um dos destaques desta semana é a exposição, no Museu da Língua Portuguesa, sobre o centenário de Jorge Amado. Outra opção é a mostra De Peito Aberto, em cartaz no metrô Clínicas. Confira:
Jorge, Amado e Universal: um olhar inusitado sobre o homem e a obra
Ele é imortal e como tal sempre será lembrado nas rodas dos intelectuais e poetas de toda parte do mundo, nas aulas de português, no cinema, teatro, televisão e na Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira número 23. O baiano, Jorge Leal Amado de Faria (1912-2001), um dos mais famosos escritores brasileiros de todos os tempos, é homenageado em São Paulo.
O Museu da Língua Portuguesa comemora o centenário de seu nascimento, na mostra Jorge, Amado e Universal: um olhar inusitado sobre o homem e a obra, autorizada pela Fundação Casa de Jorge Amado. São abordadas as fases da vida do ícone literário em módulos temáticos, cada um dedicado a um aspecto marcante na vida do autor.
O primeiro módulo, Personagens, relaciona nomes que representam a diversidade e abrangência da obra em vários períodos, no caso Dona Flor, de Dona Flor e seus dois maridos (1969), Gabriela e Nacib, de Gabriela cravo e canela (1958), Pedro Arcanjo, de Tenda dos milagres (1969), entre outros.
Eles têm destaque em materiais audiovisuais que ajudam a contextualizar os personagens e os livros. São datiloscritos com correções feitas à mão por Jorge Amado, ilustrações das obras, fotos que remetem ao universo dos romances e algumas curiosidades, como restaurantes e fitas similares à tradicional do Senhor do Bonfim, com nomes fictícios como Tieta, Florzinha e Ana Mercedes, ou pessoas reais que Jorge Amado inseria na ficção: Getúlio Vargas, Hitler e Lampião. O segundo espaço, A vida política, apresenta a faceta política do autor, que chegou a ser eleito deputado federal por São Paulo e era comunista. O terceiro, A miscigenação, discute as misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil, inclusive o sincretismo religioso. O quarto espaço é dedicado à Malandragem e à Sensualidade, presentes em sua obra.
Em seguida, A Bahia apresenta a cidade tal como foi reinventada por Jorge Amado, com suas belezas e suas mazelas. O espaço A fortuna crítica traz depoimentos de amigos, artistas e críticos, entre muitos os de Vinicius de Moraes, Carlos Heitor Cony, Arnaldo Jabor, João Ubaldo Ribeiro, Milton Hatoum e Mia Couto, além da esposa Zélia Gattai e da filha Paloma Amado.
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz – s/nº – Estação Luz – São Paulo
Telefone (11) 3326-0775
Terça-feira a domingo, das 10 às 17 horas
Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada)
Entrada franca aos sábados
Classificação: livre
A partir do dia 17. Até 8 de julho
De Peito Aberto
A jornalista e escritora Vera Golik e o fotógrafo Hugo Lenzi exibem o ensaio de 50 mulheres do Brasil, Espanha e Estados Unidos, entre 18 e 70 anos, de diversas origens, etnias e classes sociais que enfrentaram ou enfrentam o câncer de mama, o de maior incidência entre as mulheres e que afeta os símbolos da feminilidade: seios, cabelos, fertilidade e libido.
A mostra chega ao Brasil depois de ficar exposta na sede da ONU, em Nova York. As 53 imagens apresentadas alertam sobre os males da doença e mostram as várias fases da luta dos personagens. A exposição, com entrada gratuita, poderá ser conferida nas Estações Clínicas, da Linha 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena) até o dia 30.
Em seguida, a mostra será levada às estações Luz, Linha 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), entre os dias 10 e 31 de maio, e República, Linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda), de 10 a 30 de junho.
Três palestras interativas sobre o tema também estão programadas, oportunidade para o público interagir com oncologistas do Hospital A. C. Camargo. Elas acontecerão na Estação Paraíso, na área do Projeto Encontros, 12 de maio e 16 de junho, e serão proferidas por pacientes, médicos e autores da exposição.
Do Portal do Governo do Estado e Agência Imprensa Oficial
