Evento: Funcionários da SEADS se envolvem na Rede Social São Paulo

Rede Social é uma parceria entre o governo, entidades sociais e empresariais em defesa dos direitos das crianças e adolescentes

ter, 09/05/2006 - 18h49 | Do Portal do Governo

Confraternização entre as diversas áreas e muita descontração. Foi o clima da manhã de terça-feira (09/05) no Espaço Unibanco onde 280 funcionários da sede da Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social (SEADS)  atenderam à convocação para se “envolver” na Rede Social São Paulo, uma parceria entre o governo, entidades sociais e empresariais em defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

A fanfarra do Clube Social Dom Bosco Itaquera deu as boas vindas aos servidores concursados, comissionados e terceirizados enquanto eram servidos pãezinhos produzidos no curso de panificação da entidade MAMÃE-Associação de Assistência à Criança Santamarense, conveniada com a Secretaria.

Com a sala lotada, foi exibido o curta-metragem “Bilu e João”, que integra o filme produzido pelo Unicef “Crianças Invisíveis”, atualmente em cartaz nos cinemas. O curta retrata um universo de exploração do trabalho infantil, onde compradores de material reciclável desenvolvem com as crianças uma relação estritamente comercial e desumana.

  Os protagonistas do curta-metragem Vera Fernades de Assis, (12 anos) e Anawake Freitas (13), que interpretam Bilu e João estavam entre os convidados e foram apresentados à platéia por Cenise Monte Vicente, coordenadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A intenção era mostrar que o objetivo das ações sociais é resolver problemas de pessoas como os atores-mirins que na vida real também catavam papelão na região central de São Paulo: “Usava o dinheiro que conseguia para comprar doces”, disse Vera. Atualmente os dois estudam, mas Anawake perdeu dois anos letivos porque “não podia deixar de trabalhar”.

Quando o filme foi gravado, em 2004, os meninos eram moradores de prédios invadidos na região central da cidade. Com a desocupação desses imóveis, Vera chegou a passar três meses na rua. Hoje ela vive com a família no bairro da Casa Verde, enquanto Anawake mora com o pai em Itaquaquecetuba. “Acho que o filme vai ajudar a melhorar a vida dessas crianças, porque deixa bem claro como é o dia-a-dia delas”, disse Anawake ao final do encontro.

O secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Rogério Amato aproveitou o enfoque do filme sobre crianças que têm seus direitos desrespeitados para esclarecer à equipe da SEADS a importância do projeto Envolver: “Não podemos esquecer porque tudo isso é feito. O nosso grande objetivo é melhorar a vida das pessoas e todos são importantes nessa parceria”.

Rogério Amato explicou a formação da Rede Social São Paulo e a meta de reproduzir essa parceria nos municípios nos próximos meses, a partir de um projeto-piloto aplicado nas regiões de Mogi das Cruzes, Sorocaba e Santos. Contou ainda que todo o governo está empenhado nessa articulação com as empresas e com as fundações e entidades sociais, porque a sociedade tem consciência de que cuidar das crianças e adolescentes não é tarefa para nenhum setor de forma isolada. “Juntos fazemos mais e melhor”, concluiu o secretário, pedindo que levantasse a mão os que concordassem em “se envolver na Rede Social”, no que foi atendido.

É a primeira vez que todos os funcionários da SEADS são informados sobre uma ação e convocados a participar como servidores públicos e como cidadãos. No encerramento, alunos de violão e do grupo de percussão de adolescentes atendidos pela entidade AEB mostraram seus talentos e foram bastante aplaudidos.

A funcionária do Departamento de Recursos Humanos Patrícia Averedo Souza de Lima aprovou a saída da rotina: “Gostei de tudo mesmo, desde a fanfarra até a história do filme. Torço para que sempre haja novos eventos”, disse. “Achei muito legal o evento como um todo. Foi algo novo e que contou com a participação de todos os funcionários, sem haver distinção de cargos” avaliou Cátia Cristina Prazeres, funcionária da SEADS no setor de transportes. “Toda a programação foi importante porque mostra a necessidade de todos se envolverem nas causas sociais”, completou.