Promover sombra em dia de sol forte, reduzir impacto da chuva, criar abrigo para passarinhos e garantir a qualidade do ar por meio da fotossíntese são alguns dos benefícios que a árvore oferece às pessoas nas cidades. Esses assuntos foram discutidos durante o 3º Encontro Paulista de Arborização Urbana, realizado entre os dias 26 e 28 de abril, em Americana, na Região Metropolitana de Campinas. O evento foi organizado pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, prefeitura local e Secretaria do Estado do Meio Ambiente (SMA).
A proposta do encontro foi estimular os governos municipais a adotar o conceito de floresta urbana, denominação criada pela SMA para identificar cidades com grande quantidade de árvores. Mais de 700 pessoas, entre elas diversos técnicos de aproximadamente 250 municípios paulistas e outras ligadas ao meio ambiente participaram de palestras de capacitação para planos de plantio de mudas em suas cidades.
Na abertura do encontro, Ubirajara Guimarães, gerente do projeto Município Verde Azul, da Secretaria do Meio Ambiente, apresentou os avanços da arborização no Estado. Os planos municipais nesse sentido aumentaram de 150, em 2008, para 430 no ano seguinte, equivalente a 286% de crescimento. Outro dado que confirma bom resultado foi a criação de 383 leis municipais de arborização urbana no ano passado. Além do aumento de 98% de viveiros municipais de 2008 para 2009, de 216 subiu para 427. Nesse biênio foram realizados os dois primeiros encontros sobre arborização, ambos em Piracicaba.
Política ambiental
Na ocasião, Guimarães ressaltou que são números concretos que comprovam o avanço no Estado. “Mas, para isso precisamos mudar atitudes. Primeiro precisamos capacitar, treinar, projetar e planejar. E, em segundo, o mais importante é fazer, executar, não deixar no papel”, disse ele durante sua palestra. No decorrer do ano, assegura Guimarães, a SMA vai acompanhar a efetivação dos planos nas cidades.
Guimarães informou que o ideal para cada município paulista é atingir um bom Índice de Cobertura Arbórea, que significa a quantidade de árvores em metro quadrado por habitante, contando a área formada pela copa da planta. Para ele, o índice indicado é de 100 metros quadrados. Hoje, as duas cidades mais próximas desse número são Americana (por isso foi a escolhida para sediar o evento) com 99 metros e Araraquara com 64. Segundo ele, o índice preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 25 metros quadrados. “Além do índice é necessário plantar nas cidades pelo menos 60 espécies nativas diferentes. A variedade genética é muito importante, pois, se a gente tiver muita árvore de um só tipo, perdemos todas em caso de infestação de praga”.
O aumento de árvores no Estado faz parte do projeto Município Verde Azul, da SMA. A iniciativa visa a estimular as cidades paulistas a participarem da política ambiental do Governo estadual, que para isso elaborou dez objetivos a serem alcançados. Além da arborização urbana, o projeto prevê esgoto tratado, lixo mínimo, mata ciliar, educação ambiental, habitação sustentável, uso da água, poluição do ar, estrutura ambiental e conselho de meio ambiente.
Da Agência Imprensa Oficial e da Secretaria do Meio Ambiente
