Estudos para implantação de escola técnica em área de assentamento avançam

Iniciativa terá parceria entre a Fundação Itesp, Centro Paula Souza e empresa ETH

ter, 09/11/2010 - 19h00 | Do Portal do Governo

Foi realizada na segunda-feira, 8, no gabinete da diretoria do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), uma reunião para discutir a implantação de uma escola técnica em área de assentamento no município de Mirante do Paranapanema. A iniciativa terá parceria do Centro Paula Souza e da ETH Bioenergia, uma empresa da Organização Odebrecht.

Durante a reunião, ficou definido que o Itesp ficará responsável pela autorização de uso de área de assentamento. A proposta para a criação da escola técnica é semelhante ao que já está em operação na Bahia, estado sede da ETH, empresa que atua na produção, comercialização e logística de etanol, energia elétrica e açúcar.

Trata-se do “Projeto Casa Familiar Rural”, uma escola que funciona nos moldes de um colégio agrícola e é destinada a filhos de assentados, em região de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O aluno passa uma temporada na escola e outra no lote, colocando em prática aquilo que aprendeu. Nas duas etapas, está sempre acompanhado pelos professores, que fornecem embasamento teórico. Segundo os representantes da ETH, o objetivo é dar subsídios para que os produtores se tornem empreendedores.

De acordo com o diretor executivo da Itesp, Marcos Pilla, a Fundação Itesp acolheu muito bem a idéia – agora a proposta será formalizada e apresentada à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e ao Conselho Curador da Fundação Itesp para análise. Os representantes do Centro Paula Souza, por sua vez, colocaram-se à disposição para estudar o projeto em profundidade e oferecer orientação tanto na construção do espaço para as aulas quanto na elaboração de uma grade curricular.

A diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, disse que o projeto pode contar com o apoio total do Centro Paula Souza. “A implantação da escola será de grande importância nessa região, que conta com grande número de assentamentos”, afirmou. O próximo passo agora é a assinatura de um termo de cooperação e o agendamento de uma visita dos representantes do Paula Souza ao Mirante do Paranapanema.

Para a assentada e integrante do Conselho Curador da Fundação Itesp, Maria Nazaré da Silva Montemor, a proposta é importante porque irá atingir diretamente os filhos de assentados. “Estamos vivendo um novo momento, uma nova realidade, na qual o jovem precisa buscar informações para permanecer no campo e impulsionar a produção de sua família. Agora é a vez dos jovens”, ressaltou ela, cuja filha se formou no curso técnico em Agropecuária oferecido pelo Centro Paula Souza.  

Para o diretor executivo do Itesp, o formato do projeto é destaque devido ao sistema de alternância. “Passando uma temporada no campo e outra na escola, o jovem conta com o apoio de sua família, que precisa dele na lavoura; assim, ele pode estudar e trabalhar, levando conhecimentos importantes para reforçar a produção”, afirmou Pilla.

Pelo Centro Paula Souza, estiveram presentes à reunião, a diretora superintendente, Laura Laganá, a supervisora Maria Izabel Capua Maia e os professores Maria Dalva Soares e Antonio Augusto Covello. Pela ETH, compareceram a diretora de Sustentabilidade, Carla Maria Pires, e o frei Phillip Machado, coordenador do Programa Energia Social (Programa de Responsabilidade Social Corporativa da ETH – Polo SP) / Sustentabilidade. O grupo foi recebido pelos representantes do Itesp: Marco Pilla (diretor presidente), João Corsini (diretor adjunto de Políticas de Desenvolvimento), Lydia Hirao (gerente de Desenvolvimento Humano), Regianne Ferreira (do Grupo de Gestão Social), Gabriela Segarra (do grupo de Socioeconomia) e Paulo Sergio Rodrigues(técnico em Mirante do Paranapanema).

Da Fundação Itesp