Tese orientada pela professora Dra. Adriana Orcesi Pedro, do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, conclui que suplemento de soja pode ser uma alternativa eficaz sobre os sintomas somato-vegetativos* e urogenitais** da menopausa.
A tese de mestrado será defendida pelo aluno Lucio Carmignani, no próximo dia 26 de agosto, às 9h30, no anfiteatro do CAISM – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Unicamp, em Campinas (SP).
O estudo “Fitoestrogênios como alimento funcional no tratamento da síndrome climatérica: ensaio clínico randomizado duplo-cego e controlado” já foi apresentado no 12º Congresso Mundial de Menopausa que aconteceu em maio deste ano em Madrid, e será apresentado nos Estados Unidos em setembro, no 19º Encontro Anual da Sociedade Norte Americana de Menopausa.
O objetivo do estudo foi o de comparar os efeitos da ingestão de um alimento à base de soja, terapia hormonal e placebo nos sintomas psicológicos, somato-vegetativos* (ondas de calor, dores musculares e articulares, palpitação e problemas de sono) e urogenitais** (problemas sexuais, problemas de bexiga e secura vaginal) na menopausa. Foram avaliadas 60 mulheres na menopausa, entre 40 e 60 anos, divididas em três grupos: alimento à base de soja contendo 90mg de isoflavona, Terapia Hormonal à base de estradiol 1mg + noretisterona 0.5mg, e o grupo placebo. O estudo teve a duração de 16 semanas.
Na avaliação dos resultados, os sintomas da menopausa diminuíram após as 16 semanas nos três grupos, contudo, houve uma melhora significativa nas ondas de calor, secura vaginal e dores musculares e articulares nos grupos tratados com hormônios e suplemento de soja em comparação com o grupo placebo. Em relação aos sintomas psicológicos, não houve diferença significativa entre os três grupos.
Como conclusão, o estudo sugere que o tratamento com dieta suplementar de soja pode ser uma terapia alternativa efetiva para os sintomas somato-vegetativos e urogenitais da menopausa.
Da Unicamp
(M.C.)
