O dia 13 de maio, que comemora a Abolição da Escravatura, pode ter um sentido ainda mais especial para familiares de negros que conseguiam fugir de propriedades de São Paulo durante a escravidão.
Isso porque a parceria firmada entre a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e a prefeitura de São Paulo, assinada na Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, na terça-feira, 12, propõe pesquisar da existência do primeiro quilombo urbano da capital.
O reduto dos refugiados seria uma propriedade de Pirituba. Os negros que trabalhavam na Fazenda Anastácio, que pertencia a Domitilia de Castro Canto e Melo (a Marquesa de Santos), escapavam pelo mato e se escondiam do outro lado do rio, onde fica a parte alta do bairro.
Desde 2005, a Fundação Itesp e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) vem abordando o assunto junto à prefeitura. De acordo com o protocolo, a primeira etapa do estudo será encontrar indícios na região que comprovem a presença de negros na região.
Da Fundação Itesp