Com 24 medalhas de ouro, 14 de prata e 12 de bronze, os estudantes de São Paulo venceram as Olimpíadas Escolares Brasileiras para alunos de 15 a 17 anos. A competição realizada nas cidades de Londrina e Maringá (PR) terminou no domingo, 15. Em segundo lugar, classificaram-se os cariocas e, em terceiro, os paranaenses.
Os maiores destaques ficaram por conta do atletismo, com cinco medalhas de ouro, e do judô, em que paulistas ganharam 10 das 18 provas. “Esses jovens orgulham não somente nosso Estado, mas também nossas escolas e professores da rede que acompanham o dia-a-dia desses atletas. Certamente eles servirão de exemplo e inspiração para seus colegas e futuras gerações de esportistas”, afirma o secretário Paulo Renato Souza.
Foi no judô que a hegemonia do Estado ficou mais evidente. Dos 16 atletas paulistas que disputaram as provas, 12 levaram medalhas sendo seis delas de ouro para estudantes da rede estadual. Além das vitórias nas provas individuais, São Paulo venceu também na categoria por equipe tanto masculina como feminina.
Atletismo
Um dos que mais chamou a atenção foi o estudante Hugo Fernandes, da Escola Estadual Reverendo Augusto, da Praia Grande, que venceu a competição de lançamento de dardos pela sexta vez consecutiva. “Essa foi a última participação do Hugo que vem competindo e vencendo sem parar desde os 12 anos. Ele é, inclusive, o recordista sul-americano dessa prova”, diz o coordenador das Olimpíadas Escolares e chefe da delegação paulista, Cláudio Roberto dos Santos.
No salto em altura, Wesley Souza, da Escola Estadual Octavio Mendes pulou 2,06 metros e bateu novo recorde da história das Olimpíadas Escolares.
Feito semelhante foi o de Paula Neves, da Escola Estadual Deputado Bady Bassit, de São José do Rio Preto. A jovem venceu a prova de salto em distância com folga, sempre à frente de suas concorrentes, e alcançou a marca de 5,68 metros na final. As meninas de São Paulo também foram campeãs no revezamento medley feminino, com duas representantes de escolas do Estado entre as quatro corredoras.
O outro ouro do atletismo paulista foi conquistado por Leandro Araújo, da Escola Estadual Antonio Furlan, de Sertãozinho, nos 200 metros rasos. “O Antonio Rodrigues, também da Escola Estadual Antonio Furlan, ganhou a medalha de prata no salto em distância, mas poderia ter ido ainda melhor. No dia da final ele não estava se sentindo bem, com febre e dor de garganta, mas mesmo assim conseguiu um excelente resultado. Ele se superou”, afirma Cláudio.
Outras medalhas
Nos esportes coletivos, o melhor resultado de uma escola estadual foi o bronze no handebol feminino, conquistado pela Escola Estadual Professor Luiz Rivelli, de Jundiaí, que disputou a Primeira Divisão. Rubens Cezila, da Escola Estadual Dom José Lafayette, de Bragança Paulista, também ganhou o bronze no xadrez.
As Olimpíadas Escolares Brasileiras
As Olimpíadas Escolares 2009 – 15 a 17 anos – foram realizadas entre os dias 5 e 15 de novembro e contaram com cerca de 4.100 participantes (entre atletas, técnicos e dirigentes), representando 933 instituições de ensino públicas e privadas de 26 estados, do Distrito Federal e das cidades de Londrina e Maringá. Os jovens atletas disputaram medalhas no handebol, basquetebol, atletismo, futsal, judô, natação, tênis de mesa, voleibol e xadrez.
As Olimpíadas Escolares possuem duas divisões, a Divisão Especial e a Primeira Divisão. A Divisão Especial é formada pelos estados que ficaram do 1º ao 8º lugar na Divisão Especial e para os quatro primeiros estados da Primeira Divisão do ano anterior. A Primeira Divisão fica com os demais estados inscritos na competição.
Em 2005, as Olimpíadas Escolares passaram a substituir os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), que tiveram sua 26ª e última edição em Brasília, em 2004. No quinto ano de seu novo formato, as Olimpíadas foram disputadas pela primeira vez no Paraná.
A finalidade das Olimpíadas Escolares é aumentar a participação das escolas de todo o país e de seus alunos em torno do esporte. Ao ter contato com a prática esportiva desde a escola, o jovem reforça os ideais do movimento olímpico, constrói os seus valores, seus conceitos, se socializa e, principalmente, vive a realidade.
Da Secretaria da Educação
