Promover a inclusão social de crianças e jovens carentes, disponibilizar acesso à música clássica de forma natural, auxiliar na expressividade dos estudantes e oferecer melhor qualidade de vida à comunidade por meio da musicalização. Estes são os objetivos do projeto A Música Venceu, criado pela Fundação Bachiana Filarmônica em parceria com a empresa Randon, que neste ano está beneficiando alunos da EE Professora Zilda Romeiro Pinto Moreira da Silva, em Guarulhos.
Iniciado há três anos em fase piloto na EE Friedrich Von Voith, no bairro Jaraguá (zona norte da capital), a ação proporciona aos jovens aulas de flauta-doce e de violino. Cada estudante recebe um instrumento e todo o material didático. Na Professora Zilda Romeiro Pinto Moreira da Silva, 120 alunos de 3ª, 4ª e 5ª séries do ensino fundamental, ciclo I, têm aulas de flauta-doce, e 12 deles participam também das aulas de violino.
As aulas são realizadas toda terça-feira, das 9 às 16 horas, no contraturno dos alunos, na própria escola. As de flauta ocorrem em grupos e duram uma hora. Já o curso de violino é feito individualmente e cada aula tem duração de meia hora. “Estes estudantes podem fazer parte de um futuro público de música clássica, ter a música como hobby ou podem ainda tê-la como profissão.
A inclusão é o primeiro passo do projeto, mas na segunda fase pretendemos intensificar o aprendizado para encontrar pequenos diamantes a serem lapidados. Nosso intuito é que a música possa ser um elemento de paz de espírito e de amor para estas crianças e jovens, e que possamos também formar músicos profissionais”, afirma o maestro João Carlos Martins, diretor da Fundação Bachiana Filarmônica, que pretende formar mil orquestras em todo o Brasil, num período de dez anos.
Se depender de Claudiane Saraiva Cardoso, 11 anos, aluna da 5ª série, o sonho do maestro se concretizará. “Quero me profissionalizar em violino e tocar numa orquestra. O som do instrumento é muito bonito e me ajudou a ficar mais disciplinada. Também melhorou minha atenção em sala de aula e meu desempenho, especialmente em Matemática. Antes, a minha nota nesta matéria era 8, agora tiro 9, 10”, conta a menina que também está aprendendo a tocar flauta doce.
Disciplina e integração
Jeniffer Enes Guimarães, 11 anos, aluna da 5ª série e aprendiz de flauta doce e violino, planeja tornar-se musicista profissional. “Estou adorando as aulas, especialmente as de violino. Neste instrumento é fácil identificar as notas musicais. Nunca havia pegado um violino na mão, agora, após dois meses de aula, já sei reconhecer as notas e ler partituras”, diz ela. Para Gabriel Dias Mota Silva, 10 anos, também aluno da 5ª série, as aulas têm sido proveitosas. “Gosto tanto de flauta como de violino. Quando crescer, posso me tornar um músico. No violino já consigo tocar as canções Remando lentamente e Brilha, brilha estrelinha”, comenta o garoto.
O projeto tem duração de um ano e pode ser prorrogado por prazo indeterminado. “Por meio das aulas em grupo, os alunos se sentem integrados com os companheiros e percebem que cada um tem a sua importância, pois da conjunção de esforços dependerá alcançar o objetivo comum. Com isso, são aprendidas regras de socialização, respeito, disciplina e integração, além de estimular a autoestima dos estudantes”, avalia Ana Camila Bordino, da Fundação Bachiana Filarmônica e coordenadora do projeto A Música Venceu.
Além das escolas já citadas, ação é desenvolvida também na Jussara Feitosa Domschke, em Suzano; e na Professor Elói Lacerda, em Osasco. Em cada unidade estadual são beneficiados, em média, cem alunos. Mais informações, acesse o site www.educacao.sp.gov.br.
Da Agência Imprensa Oficial e da Secretaria da Educação
