Estado ultrapassa 90% de cobertura na vacinação contra pólio e sarampo

 Vacinação termina no dia 14 e Estado quer vacinar mais 200 mil crianças para atingir a meta de 95% de vacinados.

qui, 06/09/2018 - 10h51 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo vacinou mais de 2 milhões de crianças contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite), atingindo um total 90% das crianças com idade entre 1 e menores de cinco anos imunizadas. O balanço é feito pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados informados pelos municípios.

Até a próxima sexta-feira (14), São Paulo pretende alcançar as 200 mil crianças ainda não vacinadas contra ambas as doenças, para que seja atingida a meta de vacinar 95% do público infantil. Há 2,2 milhões de crianças paulistas nessa faixa-etária.

O filho do professor de Educação Física Thiago Oliveira é uma dessas crianças que ainda não foram vacinadas. “É importante estender um pouco mais a data para conscientizar a população que ainda não levou seus filhos ou que trabalha também aos fins de semana, como eu”, conta ele.

Há, por outro lado, quem já tenha levado sua criança, como a profissional da saúde Larissa Malvassi, que levou seu filho ainda nas primeiras semanas de campanha. “É bom saber que ele estará protegido do vírus, pois nessa idade qualquer doença se torna mais preocupante”, afirma.

A Secretaria convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos até a próxima semana. As doses seguem disponíveis nos postos.

O Estado já aplicou mais de 4 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 2.022.141 crianças contra pólio e 2.002.525 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios. Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 180 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 200 mil contra sarampo.

O prazo de encerramento da campanha foi prorrogado, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.

“Pedimos que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos até a próxima semana. É muito importante chegarmos à meta de 95% de cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo, pois isso contribui para a eliminação dos riscos da circulação dessas doenças”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

De acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, a doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio. “Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico”, afirma o especialista do Instituto Emílio Ribas.

Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.

Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.