Estado lança campanha de vacinação familiar

Pai e mãe também terão de tomar vacina contra rubéola em 9 de agosto

sex, 25/07/2008 - 13h15 | Do Portal do Governo

Geralmente são os pais que levam os filhos ao posto de saúde para tomar vacina, mas, neste ano, a situação será inversa. No próximo dia 9 de agosto, quando acontece a segunda fase da Campanha de Vacinação contra Poliomielite, serão as crianças o incentivo para levar os pais ao posto de saúde e participar do inicio da Campanha de Vacinação contra Rubéola.

Batizada de Dia da Vacinação Familiar, quem for ao posto de saúde neste 9 de agosto poderá imunizar os menores de cinco anos contra a paralisia infantil e os pais e tios com idade entre 20 e 39 anos contra a rubéola.

Será a maior campanha de imunização em massa já realizada pelo Estado de São Paulo. A vacinação contra a rubéola começa dia 9 de agosto e vai até 12 de setembro e pretende imunizar 13,5 milhões de paulistas entre 20 e 39 anos de idade, o que representa 95% do total de pessoas nessa faixa etária que vivem nos 645 municípios do Estado.

Todos os homens e mulheres deverão procurar os postos de saúde até o dia 12 de setembro, das 8h às 17h (exceto finais de semana), para receber uma dose da vacina dupla viral, que protege também contra o sarampo. Cerca de 7 mil postos fixos e volantes estarão à disposição da população no período. Haverá em torno de 50 mil profissionais de saúde e 4 mil carros envolvidos na operação.

Em 2007 foram registrados no Estado de São Paulo 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria. Foi o número mais alto da doença desde 2000, quando 2.566 paulistas contraíram a doença. Em 2006 foram 66 casos. De janeiro a maio deste ano houve 329 notificações de rubéola, das quais 210 em homens.

A incidência maior da doença entre homens é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos masculinos em 2007. Já os homens de 30 a 39 anos de idade responderam por 28,6% das ocorrências. Nas mulheres a incidência é similar dos 20 aos 39 anos, público-alvo da campanha.

Desde 2.000 a vacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre 4 e 6 anos de idade. A Secretaria também indica a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior.

“Os casos de rubéola cresceram no país e no Estado. Precisamos virar o jogo e a vacina é a melhor forma de prevenção. Por isso esperamos que os paulistas compareçam em massa aos postos de saúde a partir de 9 de agosto para se proteger contra a doença”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

A doença

A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus e transmitida por secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Os principais sintomas são febre baixa, manchas no corpo, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse.

Normalmente a rubéola é uma doença benigna, mas quando ocorre durante a gestação há o risco de Síndrome da Rubéola Congênita, que pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar abortamento espontâneo, morte fetal e malformações congênitas como surdez, glaucoma, catarata e diabetes.

“O grande desafio desta campanha será imunizar a população masculina, que não costuma procurar os postos de saúde. Os homens contaminados pela rubéola podem transmitir o vírus para mulheres em idade gestacional, o que representa um grave perigo. Por isso é fundamental que homens e mulheres se protejam contra a doença tomando a vacina”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria.

Para garantir que a campanha atinja o maior número de pessoas, o Estado de São Paulo prepara uma força tarefa contra a rubéola. Além dos postos fixos de vacinação, o Estado está buscando parcerias com associações de classes, empresas, clubes e entidades religiosas que possam funcionar como unidades volantes.

Da Secretaria da Saúde