
A Fundação Instituto de Terras (Itesp), vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, estimula a inovação tecnológica para o campo, em busca de aumentar a lucratividade e a produção leiteira dos agricultores dos assentamentos do Estado de São Paulo.
Com o objetivo de fazer com que os animais produzam mais leite, a equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) da instituição, em parceria com o Condomínio Rural Canto Porto, do município de Mogi Mirim, concluiu em março a segunda etapa do trabalho de transferência de embriões girolando em propriedades de produtores de leite de assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema.
Nessa segunda fase foi realizada a transferência de embriões em aproximadamente 80 animais. O trabalho ocorre em assentamentos dos municípios de Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Presidente Bernardes, Rosana, Euclides da Cunha, Marabá Paulista e Caiuá.
De acordo com o veterinário da Fundação Itesp, Alfredo José Ferreira de Melo, essa foi a segunda etapa do processo. A primeira, realizada no início de março, fez a seleção e a sincronização das receptoras. “Após essa fase, verificamos quais os animais estavam aptos para a transferência dos embriões”, diz.
A última etapa é o diagnóstico de gestação e sexagem da prenhez, que deve ser realizada aproximadamente em 20 de maio, exatamente 60 dias após a transferência dos embriões. “Essa última etapa é para sabermos se as receptoras ficaram prenhas ou não. O trabalho foi muito bem feito e os animais escolhidos foram bem selecionados. Acreditamos que teremos um excelente resultado”, completa o veterinário.
Cultivando Negócios
De acordo com o diretor-executivo da Fundação Itesp, Claudemir Peres, o trabalho faz parte do Programa Cultivando Negócios e proporciona um melhoramento genético por meio de técnicas de biotecnologia de reprodução com embriões nos assentamentos estaduais, começando pelo Pontal do Paranapanema.
“Nosso objetivo é fazer com que os produtores de leite ganhem tempo no melhoramento genético dos seus animais e com isso possam produzir mais, aumentando a lucratividade da sua propriedade e gerando mais renda para a família”, salienta o gestor.
Ainda segundo Claudemir Peres, a iniciativa permite que os animais tenham uma aceleração no melhoramento genético, padronização no grau de sangue, maior número de fêmeas nas propriedades, diluição do custo do sêmen e custo mais acessível do embrião.
O trabalho de transferência é realizado com embriões de doadoras da raça Gir e Girolando, fruto de uma seleção cuidadosa, que gerou um exclusivo grupo de doadoras, com sêmen sexado dos melhores touros Holandeses. A Fundação Itesp busca com a parceria alavancar a produção leiteira nos assentamentos estaduais. Com o melhoramento genético, a meta é passar a média de 20 litros por dia.