Estado entrega mais 556 moradias populares na Zona Leste da Capital

Conjunto em Guaianazes terá mais 288 apartamentos entregues dentro de 15 dias

sáb, 10/02/2001 - 14h00 | Do Portal do Governo


Conjunto em Guaianazes terá mais
288 apartamentos entregues dentro de 15 dias

A Zona Leste da Capital ganhou neste sábado, dia 10, mais 556 moradias populares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Cerca de três mil pessoas acompanharam o governador em exercício Geraldo Alckmin entregar em Guaianazes as chaves dos apartamentos de mais um conjunto habitacional erguido em regime de mutirão pelos próprios moradores. “Hoje são 556 apartamentos e daqui 15 dias no máximo serão outros 288, totalizando 844 unidades nesse local”, anunciou Alckmin.
Ele também elogiou o trabalho em mutirão, “que é a menina dos olhos do governador licenciado Mário Covas”, pela sua capacidade de organização. “O mutirão, além de fazer casas faz comunidade”, observou. Alckmin informou que pelo sistema de mutirão já foram entregues 15 mil moradias, sendo que outras oito mil estão em construção e mais dez mil terão as obras iniciadas. Sobre Mário Covas, o governador em exercício disse ele é um grande exemplo de homem público no Brasil. “Faz um Governo sério, que respeita o dinheiro público e trabalha com eficiência”.
Os líderes comunitários, padre Ticão e padre Rosalvino, abençoaram os apartamentos entregues e fizeram uma prece pela recuperação de Covas. “O governador faz tudo que é possível para a população viver com dignidade e cidadania”, ressaltou padre Ticão. Atendendo a um pedido do padre, Alckmin disse que será instalado no local uma unidade do Qualis – o Programa de Saúde da Família, que já atende mais de 700 mil pessoas na Capital. A unidade deverá ser administrada pelo Hospital Santa Marcelina. O conjunto habitacional inaugurado terá inclusive o nome de Irmã Josefina, homenagem a uma das integrantes do hospital. Outro pedido de padre Ticão foi a construção de um Memorial em homenagem aos migrantes que moram e trabalham na região. Alckmin disse que a Zona Leste é um país, “é maior que o Uruguai, com 4 milhões e habitantes”, e que vai fazer um esforço para o memorial ser construído.
Muito feliz, a empregada doméstica Maria Soares de Castro, de 57 anos, futura moradora do conjunto, disse que ia trocar um aluguel de R$ 180 por uma prestação de R$ 111. “Ajudando a construir o que é da gente damos mais valor para as coisas”, comemorou. As prestações dos apartamentos variam de R$ 22 a R$ 160, dependendo da renda familiar. Os blocos dos apartamentos entregues hoje contam com portaria e já estão murados.
O conjunto de Guaianazes tem ao todo 41 prédios, com 84 apartamentos por bloco. Destes, 38 têm cinco andares e três deles, sete andares. Essa solução foi adotada para aproveitar melhor o declive do terreno. Todas as unidades têm dois dormitórios, banheiro e área de serviço. O mutirão para a construção dos apartamentos foi organizado pelo Movimento Sem Terra de São Miguel Paulista, que gerenciou a execução das obras.
A construção de unidades habitacionais pelo sistema de mutirão é realizada em conjunto com a administração de várias associações. A CDHU repassa os recursos para as entidades organizadas, que constróem as casas ou apartamentos em regime de mutirão. Os terrenos são da CDHU ou doados pelas associações cadastradas na companhia como empresas jurídicas. Esse programa é realizado somente na Região Metropolitana.
Desde 1995, início da gestão Mário Covas, a CDHU já entregou 134.775 moradias. A previsão é de que até o final de 2002 sejam construídas mais 100 mil novas moradias populares em todo o Estado.
Estavam presentes os secretários Francisco Prado, de Habitação, e Edsom Ortega, de Assistência e Desenvolvimento Social, e o presidente da CDHU, Luiz Antônio Pacheco.

Valéria Cintra/Simão Molinari