Mais de quatro mil famílias de baixa renda em todo o Estado irão passar o Natal em uma casa nova. Em dezembro, o Governo de São Paulo, por meio da CDHU, vai entregar 4.475 novas moradias em 25 municípios do Estado, incluindo a capital. A maratona de entregas começou sábado, 29 de novembro, com a inauguração de 294 apartamentos no Bairro Cidade Tiradentes, na zona leste da capital.
O evento contou com a presença do governador José Serra, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e do secretário da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl. Somente na cidade de São Paulo, 1.670 imóveis serão entregues à população de menor poder aquisitivo até o final do ano.
Com essa nova entrega de chaves, a CDHU fechará o ano contabilizando mais de 22 mil atendimentos, incluindo novas moradias e obras de urbanização. As famílias beneficiadas possuem renda entre 1 e 10 salários mínimos, a grande maioria com rendimentos até três salários. Para que possam ter acesso à moradia própria, o Governo do Estado oferece um subsídio no valor do imóvel. A menor prestação da CDHU, para famílias que ganham um salário mínimo, é de R$ 62,50, com financiamento em 300 meses.
Durante o evento em Cidade Tiradentes, o Governador José Serra afirmou que as obras das novas moradias da CDHU estão em ritmo acelerado e que a parceria entre Estado e município vai possibilitar que muitas outras famílias na Capital recebam a casa própria ainda em 2008. “São Paulo vive um ótimo momento administrativo. O Governo Estadual e a prefeitura estão afinados, trabalhando juntos para o bem da cidade”, destacou.
O secretário Lair Krähenbühl falou que as novas moradias estão sendo entregues totalmente regularizadas e averbadas em cartório. “É muito importante as famílias se mudarem para a casa própria sabendo que toda a documentação está legalizada e que, ao final do financiamento, receberão a escritura do imóvel”, disse. Segundo ele, para que todos os imóveis, viabilizados pelo poder público ou pela iniciativa privada, tenham a escritura de propriedade, a Secretaria da Habitação adotou algumas providências.
A primeira foi estabelecer que as moradias construídas com recursos públicos somente serão entregues regularizadas e averbadas. A segunda foi a reestruturação do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab) por meio de um decreto assinado pelo governador José Serra. Isso desburocratizou, agilizou e tornou mais transparente a tramitação de projetos de parcelamento do solo para fins residenciais e de núcleos habitacionais, com prazos rígidos para a tramitação dos projetos, no intuito de facilitar a aprovação de empreendimentos habitacionais pelos órgão estaduais responsáveis. Em terceiro lugar, para auxiliar as prefeituras na regularização de imóveis já construídos foi lançado o Programa Estadual de Regularização de Núcleos Habitacionais “Cidade Legal”, ao qual mais de 120 municípios já aderiram, beneficiando uma população de 1,7 milhão de pessoas em todo o Estado.
A CDHU vai iniciar o ano de 2009 com 70 mil moradias em canteiros de obras em todo o Estado. Todas foram projetadas de acordo com novos modelos, tamanhos e padrão de acabamento. Cerca de 50% terão três dormitórios para atender famílias mais numerosas. A inclusão de plantas maiores no portfólio da CDHU aconteceu em 2007, após pesquisa do IBOPE que indicou a preferência de potenciais mutuários. Segundo os entrevistados, a principal melhoria desejada foi o dormitório adicional.
O padrão de acabamento dos novos imóveis foi aperfeiçoado para dar mais qualidade, durabilidade, conforto e segurança aos imóveis. Todos os cômodos têm pisos cerâmicos. Cozinha e banheiro recebem azulejos até o teto. As casas tiveram o pé-direto ampliado de 2,4 para 2,6 metros, laje, rodapé, cobertura na área de serviço e muro divisório.
Inovações tecnológicas também foram aplicadas para contribuir com a redução do consumo de recursos naturais e preservação do meio ambiente. A CDHU implementou um sistema de aquecimento solar para os chuveiros em casas e apartamentos. Em edifícios, a medição do consumo de água será individualizada. Outra medida importante para o meio ambiente que a Companhia está implementando é a substituição do uso de madeiras na estrutura dos telhados por material metálico. Para cada casa, estima-se que sejam utilizadas cerca de 3,18 árvores originadas de reflorestamento ou 5,3 de origem nativa. O uso de estrutura metálica deve gerar uma economia entre 60 e 100 mil árvores para cada 20 mil moradias construídas.
A preocupação com impacto na paisagem urbana causado pela construção civil levou o Governo do Estado, por meio das secretarias da Habitação e do Meio Ambiente a assinar, em outubro deste ano, um protocolo de cooperação com as principais entidades da indústria da construção civil e do ramo imobiliário. O documento define compromissos do poder público e da iniciativa privada para consolidar o desenvolvimento sustentável do setor.
A iniciativa é inédita no Brasil
Entregas em Cidade Tiradentes – Os apartamentos entregues sábado em São Paulo foram destinados a famílias originárias de favelas e áreas de risco na zona Leste, Norte e Centro. A CDHU investiu R$ 11,5 milhões na edificação dos cinco conjuntos habitacionais. Esses empreendimentos foram viabilizados em parceria com a prefeitura, responsável pela doação dos terrenos e seleção dos beneficiários. A CDHU construiu os imóveis por meio de empreiteiras contratadas mediante licitação. Os contemplados já assinaram contrato com a Companhia e podem se mudar para os apartamentos a partir desta semana. “As famílias vão passar o primeiro Natal de suas vidas dentro da casa própria”, disse o secretário Lair Krähenbühl.
Desde 2007, a CDHU entregou 4.859 imóveis na zona Leste da Capital, o que representa um investimento de R$ 114,3 milhões. Outras 8.728 moradias estão sendo edificadas na região com recursos da ordem de R$ 259,5 milhões. A Companhia tem programada a construção de mais 15.952 unidades habitacionais.
Da Secretaria da Habitação/CDHU
