Estado deve vacinar 3,1 milhões de crianças contra paralisia infantil em junho

Expectativa é atingir 95% de adesão em todo o Estado

sex, 01/06/2007 - 15h10 | Do Portal do Governo

No dia 16 de junho será realizada a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil (poliomielite). Em São Paulo, a meta é vacinar pelo menos 3,1 milhões de crianças de 0 a 4 anos.

Na campanha deste ano, cerca de 18 mil postos fixos e volantes (montados em escolas, creches, associações de bairro, etc) funcionarão das 8 às 17 horas. Mais de 52 mil profissionais e 4,7 milhões de doses de vacinas contra a poliomielite estarão à disposição da população em todo o Estado.

Segundo a coordenadora de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Helena Sato, o último caso de poliomielite registrado no Estado aconteceu 1988, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil a doença está erradicada há 15 anos, sendo que os últimos casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.

Apesar da erradicação, a coordenadora explica que em quatro países a doença ainda é endêmica (que ocorre habitualmente e com significativa incidência): Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. “Por isso, a Organização Mundial de Saúde recomenda a manutenção de campanhas periódicas”, esclarece Sato. No ano passado foram registrados 1.124 casos da doença na Nigéria; 674 na Índia; 31 no Afeganistão e 40 no Paquistão.

Além da vacinação, um outro ponto é destacado pela coordenadora como muito importante para a manutenção da erradicação da pólio: a vigilância epidemiológica, com a notificação junto às autoridades sobre a ocorrência da doença. “Vontade e determinação política em aderir à proposta da Organização Mundial de Saúde de erradicar a doença no mundo foram determinantes para essa conquista”, enfatiza Sato.

Na opinião do presidente do departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eitan Berezin, um aspecto muito importante para o combate da doença é o fato de haver uma eficiente cobertura de vacinação continuada. “Em São Paulo temos coberturas vacinais continuadas que atingem 90% das crianças. As campanhas funcionam como reforço, além de uma oportunidade de que a carteira de vacinação da criança seja avaliada e, caso seja necessário, atualizada com outras vacinas”. A vacina

Caracterizada por febre, mal-estar, cefaléia e, em certos casos, paralisia, a poliomielite deve ser imediatamente notificada para a vigilância epidemiológica da região. A prevenção é o meio mais seguro de controlar doenças. No caso da poliomielite a vacina é a única arma.

As crianças poderão receber, além da vacina contra a poliomielite, doses de vacinas que estejam em atraso na caderneta, como Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche), Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e contra hepatite B.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, como nas edições anteriores, a dupla Zé e Maria Gotinha divulgará a campanha em cidades paulistas.

Para não esquecer: A vacinação contra paralisia acontece em duas etapas – a primeira em 16 de junho e a segunda em 25 de agosto. As crianças precisam comparecer aos postos nas duas datas.

Joice Henrique