Estado de São Paulo livre da febre aftosa: Reconhecimento internacional sai em Paris

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sex, 28/01/2000 - 12h08 | Do Portal do Governo

O novo status sanitário de São Paulo e outros cinco Estado do Circuito Pecuário Centro-Oeste (PR, MG, MT, GO e Brasília) que erradicaram a febre aftosa — foi reconhecido oficialmente ontem (27) pelo grupo técnico da Organização Internacional de Epizootias. Em maio, a OIE reúne-se em assembléia, em Paris, e esse reconhecimento técnico deve ser oficializado. A partir de então, nenhum dos mais de 150 países da entidade poderá levantar barreiras à importação de carne fresca oriunda dessa região brasileira. O laudo da OIE é importante, também, por ser uma das referências aceitas pelos 134 países da Organização Mundial do Comércio.
Segundo o secretário paulista de Agricultura, João Carlos de Souza Meirelles, o fato é importante principalmente por dois motivos: primeiro, por reconhecer o esforço do governo e dos criadores na melhora da qualidade e da sanidade da pecuária, erradicando uma das mais degradantes doenças animais; segundo, por facilitar o encaminhamento da carne brasileira in natura a mercados mais fechados e exigentes (notadamente os Estados Unidos).
O gado da região considerada zona livre soma 60 milhões de animais. Outros 15 milhões, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, também estão livres da doença desde 1998. Assim, o rebanho com status reconhecido internacionalmente é de 75 milhões de cabeças. Os EUA, o maior produtor sem a doença, têm rebanho de 100 milhões.
Com a oficialização do fim da febre aftosa, São Paulo poderá receber, em breve, visita de missão técnica americana, que verificará as condições de exportação de até 20 mil toneladas de carne produzida no Circuito, destinadas a esse mercado e até aqui liberadas para Uruguai e Argentina. No mês passado, uma dessas missões esteve no Sul do país, para o mesmo fim. Meirelles solicitou ao governo americano o envio do grupo, já no ano passado, quando São Paulo havia terminado os exames de sorologia que constataram inexistência do vírus em seu rebanho (de 12,5 milhões de bovídeos) e quando se realizava a última etapa de vacinação. Em dezembro, o índice de imunização passou de 98%, repetindo os mesmos bons resultados do ano anterior.