Estado cria quase 120 mil vagas com salários acima da média

Salário médio dos trabalhadores admitidos foi 2,4% maior sobre março e 6,8% ante abril de 2009

seg, 07/06/2010 - 12h00 | Do Portal do Governo

O Observatório do Emprego e do Trabalho registra a criação de 119.844 vagas com carteira assinada no Estado de São Paulo em abril, ante 125.189 em março e 72.022 há um ano, em abril de 2009.

O Observatório é gerenciado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP) e oferece mensalmente, por meio do site www.observatorio.sp.gov.br, informações sobre o comportamento do mercado de trabalho nos 645 municípios paulistas.

“A expansão do emprego formal no Estado de São Paulo continua com mais 120 mil novas vagas com carteira assinada em abril – número um pouco menor que o registrado em março”, afirma o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Pedro Rubez Jehá.

De acordo com o secretário, os setores que mais contribuíram para esse cenário foram indústria, agricultura, comércio e transportes. “Já o ritmo de crescimento na construção civil diminuiu”, completa Jehá.

O emprego gerado no Estado em abril representa 39% das 305.068 vagas abertas no País. Em todas as regiões paulistas houve criação de postos de trabalho – ou seja, o número de admissões foi maior que o de demissões.

A Região Metropolitana de São Paulo foi a que apresentou o maior saldo (+ 42.850 vagas), seguida pelas regiões de Campinas (+ 20.627 vagas), Ribeirão Preto (+ 10.211), São José do Rio Preto (+ 7.767) e Sorocaba (+ 7.171).

“Houve um forte crescimento do salário médio dos trabalhadores admitidos em abril: o aumento foi de 2,4% em relação a março, descontada a inflação”, ressalta o pesquisador Hélio Zylberstajn, da FIPE. Ele destaca, também, que metade dos novos empregos foi ocupada por jovens de até 24 anos.

Salários maiores  

O salário médio dos trabalhadores contratados em abril foi R$ 940, um aumento de 2,4% em relação a março.

O maior salário médio foi registrado na Região Metropolitana de São Paulo (R$ 1.064) e, o menor, na de Araçatuba (R$ 706). Das 15 regiões paulistas, oito apresentaram aumento no salário médio dos trabalhadores admitidos – o crescimento mais significativo foi na região de Barretos (+9,1%).

Das regiões que apresentaram redução no salário médio, as quedas mais acentuadas foram em Ribeirão Preto (-4,4%), Marília (-4,0%) e região Central/Araraquara/São Carlos (-2,5%).

O salário médio em abril foi 6,8% superior em relação a abril de 2009. Na comparação entre esses períodos, o maior aumento foi na região de Barretos, com salto de 20,4%. Em seguida estão as regiões de São José do Preto (+9,6%), Bauru (+9,3%) e Araçatuba (+8,3%).

A única queda salarial em abril deste ano em relação ao mesmo mês de 2009 foi observada na região de Registro (-5,8%).

Setores e ocupações 

Em abril houve criação de vagas em todas as 21 atividades econômicas analisadas pelo Observatório do Emprego. Os setores com os melhores desempenhos foram Indústria de Transformação (+34.890); Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aqüicultura (+19.020); Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (+14.988); e Transporte e Armazenagem e Correio (+11.779). Esses quatro setores juntos foram responsáveis por 80.677 vagas, o que corresponde a cerca de 67% do total.

Acompanhando os desempenhos dos setores econômicos, as ocupações que mais cresceram em números de vagas foram trabalhadores agrícolas, escriturários, assistentes/auxiliares administrativos, motoristas de veículos de cargas e alimentadores de linhas de produção. Essas profissões responderam por 34,8% de todo o crescimento do emprego formal em abril.

As ocupações que registraram as reduções mais acentuadas foram: Trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas (menos 620 vagas), Padeiros confeiteiros e afins (menos 208 vagas) e Supervisores administrativos (menos 202 vagas).

Dez ocupações com os maiores crescimentos em abril de 2010 (em números de vagas)

Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas: 20.248
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos: 7.804
Motoristas de veículos de cargas em geral: 7.186
Alimentadores de linhas de produção: 6.487
Trabalhadores da mecanização agrícola: 4.559
Ajudantes de obras civis: 4.518
Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações: 3.804
Operadores do comércio em lojas e mercados: 2.921
Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias: 2.668
Trabalhadores agrícolas na fruticultura: 2.272

Perfil    

Quase metade das vagas criadas em abril (49,5%) foram ocupadas por jovens de até 24 anos, ante 54,3% em março e 56,8% em abril de 2009.

As mulheres responderam por 31,9% dos novos postos, percentual superior tanto ao observado no mês anterior (27,3%) quanto há um ano (18,1%).

Com relação à escolaridade, 45,3% dos empregos criados foram ocupados por trabalhadores com ensino médio completo, proporção praticamente igual à de março (45,1%). Há um ano, em abril de 2009, esse grupo foi responsável por 30,5% das vagas criadas.

A participação dos trabalhadores com ensino superior completo em abril foi de 9,6%, ante 11,6% no mês anterior e 7,7% há um ano.

Da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho